terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Aparecimento do Senhor Nityananda
Dia 16 – Aparecimento do Senhor Nityananda
O Senhor Nityananda apareceu numa forma brilhante vermelho-dourada, radiante como o sol nascente, cerca de 536 anos atrás, na pequena vila de Ekacakra.
Foto 1 - A Vila de Ekacakra
Com Sua maravilhosa boca cantando sempre, "Gaura, Gaura", Ele constantemente manifesta lágrimas de amor em Seus olhos de lótus. Sua face brilhante derrota a beleza de milhões de luas. Seu sorriso enche o universo de vida, Seus olhos graciosos são grandes e alongados e Seu corpo é muito forte e poderoso. Assim como um leão, Ele caminha de maneira encantadora e os santos nomes sempre permanecem em Sua língua. Por adorá-lO com grande devoção, certamente pode-se obter a misericórdia de Sri Gauranga e alcançar o serviço transcendental de Sri Sri Radha e Krishna em Vrindávana.
Foto 2 - Deidade do Senhor Nityananda de Mayapur
O Senhor Nityananda é o eterno associado do Senhor Caitanya Mahaprabhu, a Suprema Personalidade de Deus. O Senhor Caitanya não poder ser compreendido sem a misericórdia de Nityananda Prabhu, que é o mestre espiritual de todos universos e serve de intermediário entre o Senhor Caitanya e Seus devotos. Ele é o princípio ativo do Senhor tanto na criação cósmica como em Seus passatempos. Ele é o segundo corpo do Senhor, manifestando-se como o Senhor Balaram para o Sri Krishna, Lakshman para Sri Rama e Nityananda Prabhu para o Senhor Krishna Caitanya Mahaprabhu.
Dia 16 comemoramos o Seu aparecimento transcendental! Aproveitamos para humildemente orar ao Senhor Nityananda, cuja misericórdia é infinita, pedindo que Ele nos livre de nossas impurezas e nos eleve a plataforma de puro serviço amoroso ao Senhor, em eterna bem-aventurança e conhecimento.
*jejum até meio-dia é realizado no dia 16.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Asanas e Parábolas: A sabedoria do yoga
Asanas e Parábolas: A sabedoria do yoga e da filosofia vedanta para o yogue moderno
de Zo Newell
128 Páginas;
O uso dos asanas para a reflexão, a introspecção e a cura
Editora Pensamento lança manual de utilização das representações dos deuses indianos para a prática do yoga
Asanas e Parábolas, escrito por uma experiente praticante de yoga e especialista em teologia, mostra como é possível utilizar as representações coloridas dos deuses e deusas indianos na prática do yoga. Zo Newell mostra a relação entre as imagens e mitos indianos e as posturas físicas do yoga, e explica como executar essas posturas, bem como sua simbologia.
Os asanas selecionados para este lançamento da Editora Pensamento estão organizados em torno da figura central de Shiva, o Senhor dos Yogue.
Zo examina o uso dos asanas, da mitologia e do conjunto de imagens evocativas em termos culturais, como ferramentas para aprofundar a prática de yoga através da observação do corpo, mente e emoções. As histórias, personagens e imagens podem afetar de modo espiritual e emocional, enquanto os asanas afetam fisicamente.
A autora traz também, na apresentação de Asanas e Parábolas, um pouco de sua história pessoal: a maneira como ela chegou a amar e confiar na sabedoria das histórias, e como estas a guiaram nos períodos difíceis de seus anos de crescimento.
A Autora:
Zo Newell conheceu o yoga por intermédio do dr. Rammurti S. Mishra (Sri Brahmananda Sarasvati) quando tinha 14 anos. Ela fez seu mestrado em estudos teológicos na Harvard Divinity School, em 1988, e doutorado em história e teoria crítica da religião na Vanderbilt University. Zo mora em Nashville, Tennessee, onde dá aulas de yoga restaurativo e filosofia do yoga.
UM LANÇAMENTO
***
A História Secreta do Ocidente
A História Secreta do Ocidente
A influência das organizações secretas na história ocidental da
Renascença ao Século XX
de Nicholas Hagger
528 Páginas;
Estudo analisa influência das organizações secretas
na história ocidental
Livro desvenda origens das revoluções, da renascença até o século XX
Ao contrário do que se acredita, a civilização ocidental como a conhecemos hoje não é o resultado final de um progresso constante, mas sim de uma sucessão de revoluções. Nicholas Hagger, um dos mais respeitados estudiosos e intérpretes da história mundial contemporânea, autor de mais de trinta livros, sustenta essa teoria e apresenta em A História Secreta do Ocidente, da Editora Cultrix, um importante estudo inédito, sobre a influência e o papel das organizações secretas que deflagraram as marés de revoluções e que ditaram os rumos da humanidade.
Num primeiro momento, Hagger faz uma narrativa cronológica dessas revoluções, da Renascença à Revolução Russa e, numa segunda etapa, descortina a sua teoria, baseada na constatação de que os regimes políticos que regeram o mundo corromperam as ideias expressas por intelectuais, fato que acendeu o estopim das revoluções. A abordagem é singular, pois o autor explora ideias e influências até então não manifestas, que permaneciam “secretas”, remontando às seitas heréticas – gnóstica, templária, cátara e rosacruciana - ao Priorado de Sião, às facções no interior da franco-maçonaria e às atividades de famílias como os Rothschilds, entre outras organizações.
Hagger sustenta que a maré de revoluções está chegando ao nível máximo nos nossos tempos, como mostra em seu livro A Corporação – A História Secreta do Século XX e o Início do Governo Mundial do Futuro, publicado pela Editora Cultrix.
O autor:
Nicholas Hagger nasceu em Londres em 1939, formado na Worcester College.Escritor, filósofo e intérprete da história mundial contemporânea e da influência das organizações secretas na história das revoluções ocidentais, lecionou Literatura Inglesa no Iraque, Líbia e Japão.
UM LANÇAMENTO
A Grande Mudança
A Grande Mudança
Como Participar da Criação de um Novo Mundo a Partir de 2012
de Lee Carroll; Tom Kenyon; Patricia Cori; Martine Vallée
206 Páginas;
Coletânea traz mensagens positivas e alentadoras sobre 2012
Autores sensitivos canalizam mensagens de seres intergalácticos e mostram caminhos para a construção de uma nova ordem mundial
Com o propósito de ajudar as pessoas a entender melhor e enfrentar as mudanças cósmicas previstas para acontecer em 2012, a escritora canadense Martine Vallée reuniu no livro A Grande Mudança – Como participar da criação de um novo mundo a partir de 2012, textos dos três dos mais renomados autores internacionais sobre o assunto, sensitivos que se dedicam a transmitir ensinamentos inspiradores.
O livro, lançamento da Editora Cultrix, traz mensagens positivas e práticas. Uma delas é de Kryon, entidade multidimensional canalizada por Lee Carroll, segundo o qual, para enfrentarmos 2012, devemos apenas demonstrar nossa intenção espiritual para que o campo quântico do DNA seja ativado em nosso corpo. Thomas Kenyon canaliza as energias de um grupo de entidades intergalácticas conhecidas por Háthores, cuja mensagem, pela simplicidade, é alentadora: “apenas encontre um jeito de viver a vida com alegria e felicidade”. Já Patricia Cori, ao transmitir as mensagens do Alto Conselho do Sírio, lembra que o futuro jamais é predeterminado e que o passado é uma ilusão – diferente para cada um de nós.
A Grande Mudança é uma obra que visa a aceleração da consciência cósmica antecipada pelos maias, egípcios, índios e indivíduos de outras civilizações. Os autores dedicam parte do espaço para passar instruções práticas sobre o que – e como – fazer para participar ativamente da criação de uma nova ordem mundial.
Os autores:
Lee Carroll é autor de livros com mensagens de Kryon, cujas energias canalizam há mais de vinte anos. É criador dos “grupos de luz de Kryon”, e promove encontros em diversos países. Tom Kenyon é professor, cientista, xamã e psicoterapeuta, e realiza sessões de cura pelo uso do som. Patricia Cori é médium clarividente, guia espiritual, professora e autora de livros sobre os seres do Sírio. Martine Vallée, organizadora do livro, é responsável por divulgar escritores de sucesso como Gregg Braden, autor de A Matriz Divina e O Segredo de 2012, publicados pela Editora Cultrix, e Drunvalo Melchizedek, autor de O Antigo Segredo da Flor da Vida e Serpente de Luz, ambos da Editora Pensamento.
UM LANÇAMENTO
Geometria Sagrada e as Origens da Civilização
Autor revela o uso secreto dos números sagrados ao longo da história
A obra é um panorama baseado no trabalho em curso sobre a reconstrução da antiga ciência
Geometria Sagrada e as Origens da Civilização
A revelação dos maiores enigmas da história por meio
da ciência dos números
de Richard Heath
O uso onipresente de certos números e proporções sagradas pode ser encontrado ao longo da história, influenciando tudo: desde a arte e a arquitetura até o desenvolvimento das religiões e sociedades secretas. Em Geometria Sagrada e as Origens da Civilização, Richard Heath revela as origens, as influências e o significado mais profundo dessas ocorrências sincrônicas numéricas e como elas foram deixadas dentro do nosso ambiente planetário durante a criação da Terra, da Lua e do nosso sistema solar.
Explorando a astronomia, a harmonia musical, a geomancia, estudo dos centros sagrados e os mitos, o autor revela o uso secreto do conhecimento dos números sagrados na construção das catedrais góticas e a influência importante desses números na fundação da moderna cultura do Ocidente.
Heath explica por que a arquitetura templária de Washington representa a Nova Jerusalém, e identifica o papel que as sociedades secretas desempenham como repositório para a informação numérica sagrada. Aqueles que tentam decifrar seu significado sem compreender as origens planetárias desse conhecimento permanecem com uma informação contraditória, obscura e geralmente ilusória.
Examinando culturas pré-históricas e monumentais ao longo das Eras das Trevas e registros históricos posteriores, Geometria Sagrada e as Origens da Civilização, lançamento da Editora Pensamento, fornece uma chave para a compreensão do verdadeiro papel e significado dos números.
o Autor:
Richard Heath é web designer, com formação em engenharia elétrica e da computação, e autor de outras obras sobre a geometria sagrada. Atualmente mora na Escócia e está disponível para possíveis entrevistas via e-mail.
UM LANÇAMENTO
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Dia 10 – Aparecimento de Sri Advaita Acharya
Dia 10 – Aparecimento de Sri Advaita Acharya
Advaitacarya apareceu uns cinqüenta e poucos anos antes do próprio advento do Senhor Chaitanya, ou seja, no início do Século XV. Ele foi o primeiro entre os associados do Senhor Caitanya a aparecer dentro do mundo material para libertar as almas condicionadas. Foi Advaitacarya que pediu ao Senhor Caitanya que descesse e se manifestasse na Terra. Antes do advento do Senhor Caitanya, Advaitacarya já tinha começado a cantar os nomes de Krishna nas ruas com devotos e a discutir as escrituras sobre serviço devocional a Krishna. O nome de Advaitacarya indica que Ele é advaita — isto é, não-diferente — do Senhor Hari (Krishna), e Ele é chamado acarya (mestre espiritual) porque Ele ensinou bhakti em todas as direções. Advaitacarya viveu em Santipura e Mayapura, onde é agora a Bengala Ocidental, e era o líder da comunidade vaisnava de Nadia.
*jejum até meio-dia
Maya e Vaikuntha
* * *
Assim, onde está esse Vaikunthaloka? É bastante imprudente perguntar porque não podemos calcular sequer este mundo material, qual é o comprimento e a largura deste universo. Este é apenas um universo. Isso se chama mayika brahmananda. Mayika significa sombra. Sombra... Sombra existe por conta do real. Assim, portanto, chama-se maya. Assim como o exemplo de que, no país de vocês, na janela, há muitos modelos ótimos, belas mulheres paradas, ou um homem parado, bem vestido, mas não é um homem ou uma mulher de verdade. Trata-se de sombra. Isso se chama maya. Esse é o exemplo de maya. Maya significa que não se trata de um fato, mas parece como um fato. Isso se chama maya. Outro exemplo é... Assim como a miragem, a água no deserto. Na verdade, não há água, mas parece haver água. Os animais tolos, eles correm atrás da água, mas não há água. Simplesmente correndo atrás de fogo fátuo, fantasmagoria. Assim, todos nós neste mundo material estamos ansiando por felicidade. Todos estão tentando ser felizes. Mas é como o mesmo exemplo, de que não há água no deserto, e, ainda assim, o animal tolo está correndo atrás disso.
Então, toda a criação material é assim. O criador deste universo, Krishna, Ele diz, duhkhalayam asasvatam: [Bg. 8.15] “Este é o lugar para sofrimento”. E você está buscando por felicidade. Assim como na casa de detenção: é o lugar para sofrimento, e, se você quer ficar confortável, isso se chama maya. Maya-sukhaya bharam udvahato vimudhan [SB 7.9.43]. O mundo inteiro está correndo atrás de felicidade, o que não é possível. Portanto, são descritos como vimudhan, patifes. Nós, algumas vezes, usamos esta palavra com grande frequência, “patifes”, e eles ficam irritados. Mas, na verdade, essa é a descrição: “Patifes”. Todos esses homens assim chamados civilizados, homens assim chamados civilizados, eles sequer são homens. Eles são todos animais. Mas, no sastra, eles são descritos como dvi-pada-pasu. Eles são animais, mas eles têm duas pernas. Isso é tudo. Essa é a diferença. Os animais, geralmente, eles têm quatro pernas, catus-pada, mas esses animais são bípedes. Essa é a diferença. Eles são animais porque... O mesmo exemplo: No deserto, não há água, e o animal está correndo atrás disso. Por que ele é chamado de animal? Porque ele não entende que: “No deserto, como pode haver água?”.
Assim, Vidyapati canta uma canção, tatala saikate, vari-bindu-sama, suta-mitra-ramani-samaje. Estamos tentando ser felizes aqui neste mundo material—como? Suta-mitra-ramani-samaje. Suta significa filhos. Mitra significa amigos. Sociedade, amizade e amor, esposa, filhos... Tata... Assim, alguém talvez diga: “A menos que não haja felicidade, como estão batalhando por esse suta-mitra-ramani-samaja?”. Então, Vidyapati diz: “Sim, há felicidade”. Certamente há felicidade. Do contrário, por que esses vimudhan, indivíduos tolos, estão correndo atrás dela? Ele, então, diz que o valor da felicidade deles é a proporção de uma gota de água no deserto. Tatala saikate. Tatala significa muito quente, e saikate significa areia. Aqueles que já viram o deserto, eles têm a experiência de como ele é intolerável durante a presença dos raios solares, vasto, quero dizer, seguimento de terra com areia. Então, naturalmente, eles necessitam de água. Então, se alguém diz: “Sim, eu darei água a vocês”, e uma gota de água... Como se chama? Proporcional, simbólico. Chama-se quantia simbólica. “Sim, você quer água. Pegue esta água, gota”. “Que diferença fará essa água? Estamos no deserto. Quero um oceano de água e você está me dando uma gota de água? Que valor há nisso?”. Então, ainda assim, estamos buscando por água lá. Portanto, é dito corretamente, tatala saikate, vari-bindu-sama. Vari-bindu. Suta-mitra-ramani-samaje.
dehapatya-kalatradisu
atma-sainyesu asatsv api
pramattah tasya nidhanam
pasyann api na pasyati
Dehapatya-kalatradisu. Este corpo, deha, apatya, filhos; kalatra, esposa; adisu, com todas essas coisas... Então, expande novamente. A partir dos filhos, vocês obtêm... Vocês os casam. Então, novamente, expansão—nora, genro, neto. Desta maneira, estamos ampliando a nossa assim chamada felicidade. Atma-sainyesu. E estamos pensando que: “Esses amigos que me rodeiam—a sociedade, os amigos e o amor, a nação—irão me proteger”. No nosso país, nós vimos. Gandhi batalhou muito, quero dizer, duro para obter a independência, pensando que: “Seremos felizes”. Mas o próprio Gandhi foi morto.
Então, isso se chama maya. Tentem compreender maya. Maya significa onde não há felicidade, não há fato, e, ainda assim, estamos nos empenhando por isso. Isso se chama maya. Tentem compreender o que é maya. Maya-sukhaya bharam udvahato vimudhan [SB 7.9.43], Prahlada Maharaja diz. Na verdade, não há fato, e, ainda assim, estamos nos empenhando por isso. Todo o universo é como isso. Mesmo caso você esteja situado como Brahma, ou esteja situado como uma formiga insignificante, esse empenho pela existência está prosseguindo.
Além do Mundo de Ansiedades
Então, Prahlada Maharaja diz que: “Esses patifes, eles estão labutando por uma existência, por uma felicidade, que não é possível neste mundo material. E, além dessa atmosfera de labuta do mundo material, maya atite...”. Atite. Atite significa além. Mayatite vyapi-vaikuntha-loke. Existe outro mundo. Isso também é informado no Bhagavad-gita. Parah tasmad tu bhava anyah ’vyaktavyaktat sanatanah. Existe outro bhava. Bhava significa natureza. Assim como isto é natureza. Temos experiência, maya. A natureza maya significa que, aqui, a nossa principal meta é encontrar a felicidade. Isso é... Porque somos almas espirituais, partes e parcelas de Krishna, sac-cid-ananda-vigraha [Bs. 5.1]. Krishna, então também somos sac-cid-ananda diminutas. A nossa existência é assim. Todavia, porque somos muito pequenos, essa, quero dizer, qualidade, sat, algumas vezes se extingue. O exemplo é da centelha de fogo. Ela é fogo. Uma centelha do fogo cai em seu corpo. Tão logo caia, ela queimará aquele pequeno local, pequeno como um ponto. Então, ela tem a mesma qualidade, mas, tão logo sai do fogo, ela se extingue—não mais é fogo. É carbono. Novamente, pegue isso e coloque no fogo, então é fogo mais uma vez. Então, a nossa posição é assim. Somos, de fato, da mesma qualidade, sac-cid-ananda. Então, a nossa queda de Krishna para este mundo material significa que perdemos a nossa identidade de eternidade. Ela se encobriu. Assim como a mesma pequena centelha. Ela é fogo, mas agora está extinta, cinza, tal qual carvão, cinza. Enquanto está com o fogo original, ela também está queimando, mas, se você a retira e a deixa à parte, então se torna cinzas. Assim, tal é a nossa posição. E estamos batalhando aqui. Nós perdemos a qualidade ígnea, e, ainda assim, estamos tentando ser fogo. Isso se chama existência de maya.
Assim, há outro mundo. Essa informação é dada aqui [Caitanya-caritamrta, Adi-lila 1.8]. Mayatite vyapi. Vyapi significa muito extenso. Todo este mundo material é um quarto da expansão de Krishna, um quarto. E aquele Vaikunthaloka são três quartos. Assim, portanto, ele se chama vyapi. Vyapi significa muito extenso. Não podemos calcular sequer esta existência material. Ela tem apenas um quarto. Agora, como nos é possível calcular o vyapi vaikuntha-loka? Vyapi-vaikuntha-loka. Vaikuntha significa... Vi significa sem, e kuntha significa ansiedade. Assim, Vaikunthaloka significa que não há ansiedade. Não há ansiedade. Aqui, estamos cheios de ansiedades, neste mundo material. Mesmo grandessíssimos homens de negócios, que têm dinheiro suficiente, vocês verão que eles estão em ansiedade. O homem de negócios está sempre pensando: “Como este negócio continuará? Como manter tantos homens?”. Assim, vi isso naquele nosso tipógrafo, Dai Nippon, o presidente, quando nós temporariamente descontinuamos os nossos negócios, ele ficou cheio de ansiedade. Sim. Agora, eles concordaram em reduzir dez por cento a mais do que qualquer outro tipógrafo. Por quê? Ele estava cheio de ansiedade. (risos) Esse é o fato. Então, não pensem que grandessíssimos homens de negócios ou aqueles que têm dinheiro o suficiente não têm ansiedade. A ansiedade tem de estar lá. Este é um lugar de ansiedade, kuntha. Prahlada Maharaja apontou que tat sadhu manye ’sura-varya dehinam sada samudvigna-dhiyam asad-grahat. Aqui neste mundo material, quem quer que esteja... Brahma também está em ansiedade, repleto de ansiedade. Indra... Vocês sabem. Prthu Maharaja estava sacrificando cem vezes, e Indra ficou muito ansioso que: “Se Prthu se tornar muito grandioso, então ele talvez ocupe meu assento”. Ele, então, quis colocar obstáculos de sorte que ele não concluísse tantos yajnas.
Deste modo, todos estão em ansiedade neste mundo material, maya. Assim, o nosso movimento da consciência de Krishna visa levar a pessoa, ou todas as pessoas, desta maya para Vaikuntha. Isto é a consciência de Krishna: salvar a entidade viva da ansiedade e levá-la para a plataforma de não-ansiedade. Esta é a diferença: da ansiedade para a não-ansiedade. Trata-se da maior dádiva para a sociedade humana. Todos estão cheios de ansiedade porque estão neste mundo material. Eles têm de estar cheios de ansiedade. Aqui, então, a informação é dada, mayatite vyapi-vaikuntha-loke: “Existe outra atmosfera, outra natureza, onde não há ansiedade, não há ansiedade”. Kalpa-vrksa-laksavrtesu surabhir abhipalayanatam. Aqui, estamos mantendo vacas, mas, sem leite: ansiedade. Milhares de rúpias gastas, e nada de leite; leite em pó. Vêem? Esta é a posição, repletos de ansiedade, sempre. Então, vocês não podem ficar livres de ansiedade neste loka. Portanto, nesta vida, na forma humana de vida, vocês podem compreender cultivando conhecimento do sastra, do guru, das pessoas santas: “Qual é a posição? O que quero? Por que estou cheio de ansiedade? Como isso pode ser mitigado?”. Assim, portanto, essa informação é dada: vaikuntha-loka, voltar ao lar. Yad gatva na nivartante tad dhamam paramam mama [Bg. 15.6].
Política e a Transformação do Mundo Material em Vaikuntha
Assim, o movimento da consciência de Krishna é o único empenho onde..., por se tornar consciente de Krishna, você se transfere desta maya para Vaikuntha. Este é o significado. Mayatite, além desta maya, há outro reino, onde não há kuntha, vaikuntha-loke. E há administração. Assim como aqui há administração, o rei ou o presidente, ou ministros e muitíssimas coisas, também há administração lá, mas aquela administração é conduzida diretamente pela Suprema Personalidade de Deus. Aqui, o presidente ou o rei administra tudo. E, portanto, o administrador ideal ou chefe executivo ideal é alguém que seja um indivíduo santo e devoto. Isso é necessário. Na política também, há necessidade de devotos. O devoto... Os políticos, eles primeiro precisam compreender a consciência de Krishna caso realmente queiram fazer bem aos outros. Caso permaneçam como animais, isso não é possível. Então, o mundo inteiro, o povo, sofrerá. Essa é a posição agora. Não há governante padrão. O governante tem que ser representante de Krishna. Então... Então, tudo será... Assim como Maharaja Yudhisthira. Maharaja Yudhisthira era representante de Krishna. Ou o Senhor Ramacandra, Ele era Deus em pessoa. Semelhante chefe executivo é necessário, não esses patifes. Vocês, então, jamais serão felizes. Simplesmente, de uma maneira ou outra, vocês selecionam algum presidente patife; vocês jamais serão felizes. Ele tem que ser o próprio Krishna ou o representante de Krishna. As pessoas, então, serão felizes. Imam rajarsayoh viduh. Eles estão pensando que: “O Bhagavad-gita se destina a alguns parasitas. Eles não estão fazendo nada, e estão se dando à leitura do Bhagavad-gita e vivendo à custa dos outros”. Eles estão pensando assim, mas, na verdade, o governante deve ser um estudioso do Bhagavad-gita bem familiarizado com a obra. Essa é a declaração no Bhagavad-gita. Imam rajarsayoh viduh. Ele se destina aos reis santos. Porque, se o rei ou o presidente compreende o Bhagavad-gita, ele pode solucionar todos os problemas. Mas ele permanece um patife, e não há solução alguma. Eles estão simplesmente lutando uns com os outros. Esse político está lutando contra aquele político. Isso continua. Isso jamais nos fará felizes. Portanto, é melhor irmos embora deste lugar e voltarmos ao lar, voltarmos ao Supremo. (Devotos: Jaya!) Não tentem ser felizes aos cuidados desses patifes. Isso jamais será possível. Essa é a instrução de todo os sastras.
Agora, a questão foi quem deve ser eleito no..., ou aceito como o rei ideal. O nosso Pancadravida Maharaja estava fazendo essa pergunta. Trata-se de algo muito simples. Os ksatriyas... Existem duas famílias de ksatriyas, e eles ainda clamam: uma oriunda do deus do sol, e uma oriunda do deus da lua. Candra-vamsa, surya-vamsa. Neste mundo material, há duas famílias de ksatriyas. Os ksatriyas se destinam a governar. Então, tudo é declarado no Bhagavad-gita. Assim, vocês têm que selecionar governantes dessas duas dinastias. Verdadeiramente. Imam rajarsayo viduh. Vocês viram a ilustração desenhada por nossos artistas, em que Krishna está instruindo o deus do sol. Imam vivasvate yogam proktavan aham avyayam [Bg. 4.1]. Então, Vaikuntha-loka está lá. Não há problema. Mas vocês podem tornar este maya-loka também Vaikuntha-loka propagando a consciência de Krishna, a mesma qualidade. Assim como o ferro é ferro, mas vocês podem torná-lo fogo. Como? Simplesmente o colocando no fogo. Aos poucos, quente, mais quente, então se torna vermelho e quente. Nesse momento, o ferro não é mais ferro; ele é fogo. Similarmente, se vocês podem propagar a consciência de Krishna constantemente; então, mediante a propagação deste movimento da consciência de Krishna, vocês podem tornar o mundo inteiro consciente de Krishna, e, assim, ele será Vaikuntha. O mesmo exemplo. Você coloca a barra de ferro no fogo, e ela se torna quente, mais quente e, então, vermelha e quente. Quando está vermelha e quente, então não é mais barra de ferro. É fogo. Em qualquer lugar que você toque, queimará.
Assim, o nosso movimento da consciência de Krishna é para esse fim. Ampliemos a consciência de Krishna e não mais haverá kuntha, não mais haverá ansiedade. As pessoas estão tentando ficar livres de ansiedade, e isso é possível apenas por este movimento. Coloquem-se sempre em contato com Krishna. E o método é muito simples: Hare Krishna. Isso é tudo. Se você se mantiver em contato com Hare Krishna... Nós já nos tornamos conhecidos como os Hare Krishnas pelo mundo todo, o pessoal Hare Krishna. Assim, ampliem essa população, o pessoal Hare Krishna, e aqui será Vaikuntha.
Muito obrigado.
Tradução de Bhagavan dasa (DvS) e revisão de Prema Vardhana devi dasi (DvS). Outras traduções em www.devocionais.xpg.com.br
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Quatro Continentes em Cinco Meses
Quatro Continentes em Cinco Meses
1º de fevereiro de 1975 a 20 de junho de 1975
134
“Vá lá, faça uma piada!”
29 de janeiro de 1975, Vôo de Tokyo para Honolulu
Eu sempre digo isso; a ocupação de viajar com Srila Prabhupada era sempre empolgante. Você nunca sabia o que iria acontecer. Ele era uma personalidade ímpar. Eu adorava particularmente seu senso de humor. Voar com ele era sempre muito memorável para todos. Estou certo que os karmis também nos achavam um espetáculo m parte com nossas cabeças raspadas, tilaka e vestes coloridas. Dentre nós, estava um devoto semelhante ao cisne transcendental, Prabhupada. Às vezes, ele entraria no avião com cinco ou mais guirlandas belas e fragrantes ao redor de seu pescoço, algumas descendo até seus joelhos. Nada podia diminuir sua opulência transcendental. Ele era muito bonito e emanava grande humildade e graça, apesar do aglomerado de devotos ao redor dele. Ele sempre estava ocupado no serviço a Krishna.
Este vôo foi como tantos outros. Srila Prabhupada se sentou na janela. Nitai estava ao seu lado e Paramahamsa Svami na fileira de poltronas ao lado. Havia algumas revistas disponíveis na parte detrás do banco da frente deles, uma delas era a revista Times. Srila Prabhupada a pegou ao ver algo que lhe interessava. A foto de capa era um grupo de mulheres demonstrando sua insatisfação quanto m posição que tinham no mundo ocidental. O título era “Liberação das Mulheres”. Era um tema sobre o qual Srila Prabhupada às vezes falava um pouco. Nos anos setenta, era um tópico bem em voga.
Ele deixou a revista de lado. Alguns minutos depois, uma comissária de bordo passava pelo corredor. À medida que ela se aproximava, Srila Prabhupada cutucou Nitai com o cotovelo e disse: “Então, essas mulheres, elas querem ser libertadas? Diga a ela que se ela quiser ser libertada, ela pode raspar sua cabeça como fazemos. Ela pode ser liberada assim”. Nitai abriu um sorriso amarelo e escorregou o corpo no seu assento. Novamente Srila Prabhupada o cutucou e disse: “Vá lá, faça uma piada. Chame-a aqui e fale com ela. Faça uma brincadeira. Diga a ele que se ela quer se libertar que ela pode raspar a sua cabeça como nós fazemos”. Srila Prabhupada riu baixo. Nitai, tenso e desconfortável, permaneceu sentado cantando sua japa, incapaz de dizer qualquer coisa.
Você nunca sabia o que Srila Prabhupada iria fazer. Foi como quando uma repórter perguntou para ele: “Por que você raspa sua cabeça?”. Ele olhou para ela e, com um sorriso, disse: “Por que você raspa suas pernas? Melhor ter a cuca fresca e as pernas aquecidas”. Srila Prabhupada libertou todos os seus discípulos da fortaleza da vida material; homens e mulheres. Sua missão de vir para o ocidente e transformar ocidentais em Vaisnavas era com base no fato de não sermos nossos corpos. Pode-se ser Consciente de Krishna independente de qualquer designação corpórea. Não importa se você é homem ou mulher, jovem ou velho, negro ou branco. Tem-se apenas que se qualificar seguindo as instruções de um mestre espiritual fidedigno.
Bhakti-tirtha Maharaja me contou uma história de quando ele se encontrou pela primeira vez com Prabhupada. Ele pensou que, uma vez que era parte de um grupo espiritual, ele não mais seria alvo de algumas espécies de atitudes racistas que experimentou ao longo de sua vida por estar em um corpo negro. Infelizmente, nem sempre era assim quando se relacionava com seus irmãos-espirituais. Ele perguntou a Srila Prabhupada por que seus discípulos continuavam na plataforma corpórea.
Ele esperava alguma misericórdia e conforto dele. Srila Prabhupada olhou para o Maharaja e disse: “Se você se afeta com isso, você não é melhor do que eles”. Bhakti-tirtha Maharaja adorou a resposta que recebeu de Sua Divina Graça. Ele viu imediatamente quão perfeito era o processo da Consciência de Krishna e quão bem seu mestre espiritual o conhecia. Por suas palavras, ele soube naquele mesmo instante que ele “tinha a oportunidade de subir a um nível superior”.
Srila Prabhupada, o senhor continua concedendo a seus seguidores uma oportunidade de ascenderem a níveis superiores. Quando falhamos, o senhor nos dá tantas chances quanto precisemos para fazer corretamente o que tem de ser feito. O senhor é divino e sabe exatamente do que precisamos. Obrigado por suas contínuas instruções.
Ele pediu a todos nós para sairmos da plataforma corpórea, e deu essa instrução de diferentes maneiras para cada pessoa. Ele amava todos os seus discípulos igualmente e ocupou a todos em serviço. Seu desejo era que todos cantassem Hare Krishna para serem felizes.
- Do livro “Qual a Dificuldade?”, escrito por Srutakirti Das, traduzido por Bhagavan Das (DVS)