segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Seminário Hare Krishna vira “INSTITUTO JALADUTA” e abre inscrições para 2014.


INSTITUTO JALADUTA
Seminário Hare Krishna vira “INSTITUTO JALADUTA” e abre inscrições para 2014.
Sim, o Seminário, com sede em Campina Grande, que já graduou quase 200 alunos com o título Bhakti Sastri; Que, em 13 anos realizou 14 turmas presenciais do curso Bhakti Sastri, sendo uma integralmente em Nova Gokula e a última em três módulos, um em Goura Vrindávana, outra em Nova Gokula e a outra em Campina Grande; Que realizou um monte de Ratha Yatras por aí... agora virou um INSTITUTO.
- Qual a diferença entre Seminário e Instituto?
A diferença é que como Instituto esse projeto de educação pode ter  penetração no meio acadêmico, tem mais chance de crescer e oferecer cursos de graduação e pós-graduação nas áreas do conhecimento da literatura, filosofia e religião, o que representa mais oportunidades para os alunos.
Com uma estrutura organizacional mais complexa, o INSTITUTO JALADUTA vai abranger três áreas de atividades:
1-    Núcleo de Estudos Vaishnavas – É neste núcleo que as antigas atividades do Seminário, como vivência de ashrama, sadhana bhakti e o curso presencial encontrarão respaldo.
2-    Núcleo de Estudos de Filosofia e Religião Indianas – Esta é a parte encarregada de adequar nossos cursos e conteúdos programáticos às exigências das universidades para se tornar interessante para um público mais abrangente.
3-    Núcleo de Administração e Marketing – Este núcleo vai desenvolver projetos de capacitação em liderança, incluindo comunicação, cuidado aos devotos, desenvolvimento humano, desenvolvimento social, desenvolvimento congregacional.
O significado do nome Jaladuta é "Mensageiro dos Mares" e, como vocês sabem, tem tudo a ver com Prabhupada, com a comunicação oriente/ocidente, tem um significado especial para os membros da ISKCON e também é de fácil pronúncia em português.
O INSTITUTO JALADUTA inicia suas atividades em 2014 oferecendo oportunidades inéditas. Além do curso presencial Bhakti Sastri, vai oferecer dois cursos no sistema EAD (Educação à Distância), o Bhakti Sastri e o Bhakti Vaibhava.
As inscrições vão do dia 15 de dezembro de 2013 a 19 de janeiro de 2014.
Aguardem mais informações nos próximos dias.
Quem quiser se comunicar com a gente use os seguintes contatos:
Dhanvantar Swami: e-mail:  dswami@iskcon.com.br.
telefones:
fixo: 83-3333-7044
Oi: 83- 8831-1766
Tim: 83- 9663-5873
Srila Prabhupada Ki Jaya!
Dhanvantari Swami

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Afinal, É Válido o Termo “Hindu”?


Afinal, É Válido o Termo “Hindu”?


 


Sri Nandanandana
Uma investigação das diferentes teorias para a origem do termo “hindu” e de sua validade para designar a cultura védica.
É importante esclarecermos o uso das palavras “hindu” e “hinduísmo”. O fato é que o verdadeiro “hinduísmo” se baseia no conhecimento védico, que é relacionado à nossa identidade espiritual. Muitas pessoas aceitam sim o termo como o mesmo que sanatana-dharma, que é um termo sânscrito mais preciso para o caminho védico. Nossa genuína identidade espiritual está além de quaisquer nomes temporários, como cristianismo, islamismo, budismo ou mesmo hinduísmo. Afinal, Deus jamais Se descreve como pertencente a quaisquer de tais categorias, dizendo-Se apenas um Deus cristão ou um Deus muçulmano ou um Deus hindu. Por isso alguns dos maiores mestres espirituais da Índia evitam se identificar apenas como hindus. O caminho védico é eterno, logo além de todas essas designações temporárias. Estou, então, chamando o nome “hindu” de uma designação temporária?
Temos que nos lembrar de que o termo “hindu” sequer é sânscrito. Numerosos estudiosos dizem que o mesmo não se encontra em parte alguma da literatura védica. Então, como esse nome pode realmente representar a cultura ou o caminho védico? E sem a literatura védica, não há base para “hinduísmo”.
A maioria dos estudiosos considera que o nome “hindu” foi desenvolvido por estrangeiros invasores que não conseguiam pronunciar o nome do rio Sindhu apropriadamente. Algumas fontes defendem que foi Alexandre, o Grande, quem pela primeira vez renomeou o rio Sindhu para Indu, omitindo o “s” inicial e assim tornando mais fácil a pronúncia para os gregos. O rio ficou conhecido, então, como Indus. Isso se deu quando Alexandre invadiu a Índia por volta de 325 a.C. Suas forças macedônias, então, passaram a chamar a terra a leste do Indus de Índia, um nome usado especialmente durante o regime britânico.


Posteriormente, quando os invasores muçulmanos chegaram de localidades como o Afeganistão e a Pérsia, chamaram o rio Sindhu de rio Hindu. Consequentemente, o nome “hindu” foi usado para descrever os habitantes das terras nas províncias do noroeste da Índia, onde se localiza o rio Sindhu, e a região em si foi chamada de “Hindustão”. Porque o som sânscrito de “s” se torna “h” na língua parse, os muçulmanos pronunciavam sindhu como hindu, muito embora as pessoas da área pessoalmente não usassem o nome “hindu”. A palavra foi usada pelos estrangeiros muçulmanos para identificar as pessoas e a religião daqueles que viviam naquela área. Com o tempo, mesmo os indianos conformaram-se com o termo utilizado por aqueles no poder e adotaram os nomes hindu e Hindustão. De outro modo, a palavra não tem significado exceto por aqueles que lhe dão valor ou a usam por conveniência.
Outra visão do termo “hindu” demonstra a desorientação que causa no entendimento da verdadeira essência dos caminhos espirituais da Índia. Como escrito por R. N. Suryanarayan em seu livro Universal Religion (p.1-2, publicado em Mysore em 1952): “A situação política do nosso país há séculos, digamos entre vinte e vinte e cinco séculos, torna muito difícil compreender a natureza desta nação e de sua religião. Os estudiosos ocidentais, e historiadores também, fracassaram no que diz respeito a traçar o verdadeiro nome desta terra Brahman, um país de dimensões continentais, e, portanto, contentaram-se em tratá-la pelo termo ‘hindu’, apesar de ser um termo sem sentido. Essa palavra, que é uma inovação estrangeira, não é utilizada por nenhum de nossos escritores sânscritos ou reverenciados acharyas em suas obras. Parece que o poder político foi o responsável por insistir na continuação do uso da palavra ‘hindu’. A palavra ‘hindu’ se encontra, é claro, na literatura persa. Hindu-e-falak significa ‘o negro do céu’ e ‘Saturno’. Na língua arábica, hind, não hindu, significa ‘nação’. É vergonhoso e ridículo ler o tempo todo na história que o nome ‘hindu’ foi dado pelos persas ao povo de nosso país quando aportaram no solo sagrado de Sindhu”.
Outra visão da fonte do nome “hindu” se baseia em um sentido depreciador. É dito ser “certo que o nome ‘hindu’ foi dado à raça ariana original da região por parte dos invasores muçulmanos a fim de humilhá-los. Na língua persa, a palavra significa ‘escravo’, e, de acordo com o islã, todos aqueles que não aderem ao islã são chamados de ‘escravos’”. (Maharishi Shri Dayanand Saraswati Aur Unka Kaam, editado por Lala Lajpat Rai, publicado em Lahore, 1898, em Introdução)
Um dicionário persa intitulado Lughet-e-Kishwari, publicado em Lucknow em 1964, fornece o significado da palavra “hindu” como “chore [ladrão], dakoo [saqueador], raahzan [assaltante] e ghulam [escravo]”. Em outro dicionário, o Urdu-Feroze-ul-Laghat (Parte Um, p. 615), o significado persa da palavra hindu é descrito ainda como barda (criado obediente), sia faam (cor negra) e kaalaa (preto). Assim, tudo isso são expressões denigritórias ao povo indiano na visão dos persas.
Basicamente, então, “hindu” é a mera continuação do termo muçulmano que se tornou popular apenas dentro dos últimos 1300 anos. Desta forma, podemos entender que não é um termo sânscrito válido, tampouco tem algo a ver com a verdadeira cultura védica ou o caminho espiritual védico. Nunca existiu uma religião que se chamasse hinduísmo até o povo indiano em geral colocar valor nesse nome e aceitar o seu uso. É surpreendente, então, que alguns acharyas indianos e organizações védicas não se interessem por usar o termo?
A grande confusão começou quando o nome “hinduísmo” passou a ser usado para indicar a religião do povo indiano. As palavras “hindu” e “hinduísmo” foram usadas frequentemente pelos britânicos com o intuito de grifar as diferenças religiosas entre os muçulmanos e as pessoas que se tornaram conhecidas como hindus. Isso foi feito com a intenção bem-sucedida de criar atrito entre os habitantes da Índia de acordo com a política britânica de “dividir e reinar” para tornar mais fácil seu contínuo domínio sobre o país.
Todavia, devemos mencionar que outros que tentam justificar a palavra “hindu” apresentam a ideia de que os rishis de tempos remotos, muitos milhares de anos atrás, também chamavam a Índia central de Hindustão, e o povo que vivia ali, de hindus. O seguinte verso, supostamente pertencente ao Vishnu Purana, Padma Purana e à Bruhaspati Samhita, é apresentado como prova, mas ainda não estou certo em relação a onde exatamente o verso pode ser encontrado:
aasindo sindhu aryantham yasyabharatha bhumikah
mathrubhuh pithrubhuchaiva sah vai hindurithismrithaah
Outro verso diz: sapta sindhu muthal sindhu maha samudhram vareyulla bharatha bhumi aarkkellamaano mathru bhumiyum pithru bhumiyumayittullathu, avaraanu hindukkalaayi ariyappedunnathu. Ambos os versos mais ou menos indicam que quem quer que considere a terra de Bharatha Bhumi, entre o Sapta Sindu e o Oceano Índico, como sua terra natal é conhecido como “hindu”. Porém, aqui também temos a menção do verdadeiro e antigo nome da Índia, que é Bharata Bhumi. “Bhumi” significa Mãe Terra, mas Bharata é a terra de Bharata, ou Bharata-varsha, que é o território indiano. Em numerosas referências védicas nos Puranas, no Mahabharata e outros textos védicos, a região da Índia é referida como Bharata-varsha, ou a terra de Bharata, e não Hindustão. O nome Bharata-varsha certamente ajuda na apresentação das raízes e do passado glorioso do país e de seu povo, especialmente em relação à sua cultura védica.
Outras duas referências comumente utilizadas são as seguintes:
himalayam samaarafya yaavat hindu sarovaram
tham devanirmmitham desham hindustanam prachakshathe
himalyam muthal indian maha samudhram vareyulla
devanirmmithamaya deshaththe hindustanam ennu parayunnu
Estas também indicam que a região entre os Himalayas e o Oceano Índico se chama Hindustão. Assim, a conclusão é que todas as pessoas da Índia são hindus independente de sua casta ou religião. É claro que nem todos concordarão com isso.
Outros dizem que, no Rig Veda, Bharata é referido como o país de “Sapta Sindhu”, isto é, o país de sete grandes rios. Isso é naturalmente aceitável. Contudo, exatamente de qual livro e de qual capítulo esse verso vem é algo que precisa ser esclarecido. Não obstante, alguns dizem que a palavra sindhu se refere a rios ou mares, e não meramente ao rio específico chamado Sindhu. Além disso, é dito que, no sânscrito védico, de acordo com dicionários antigos, sa era pronunciado como ha. Assim, pronunciava-se “Sapta Sindhu” como “Hapta Hindu”. Supõe-se, então, que foi assim o surgimento da palavra “hindu”. Também se diz que os antigos persas se referiam a Bharata como “Hapta Hind”, como registra o clássico Bem Riyadh. Essa é outra razão para alguns estudiosos acreditarem que a palavra “hindu” tem sua origem na Pérsia.
Outra teoria é que o nome “hindu” sequer vem do nome Sindhu. A. Krishna Kumar explica: “Essa visão [de Sindhu/Hindu] é insustentável uma vez que os indianos naquele tempo tinham a mais elevada e invejável posição no mundo em termos de civilização e riquezas, e não é possível que não tivessem um nome. Eles não eram aborígenes desconhecidos aguardando para serem descobertos, identificados e cristianizados por estrangeiros”. Ele cita um argumento do livro Self-Government in India, por N. B. Pavgee, publicado em 1912. O autor cita um idoso swami e sanscritista de nome Mangal Nathji, que encontrou um antigo Purana conhecido como Brihannaradi na vila Sham, Hoshiarpur, Punjab. O mesmo continha este verso:
himalayam samarabhya yavat bindusarovaram
hindusthanamiti qyatam hi antaraksharayogatah
Mais uma vez, a localização exata desse verso no Purana não é informada, mas Kumar o traduz assim: “A terra compreendida entre as montanhas Himalayas e o Bindu Sarovara (Cabo Camorim) é conhecida como Hindusthan pela combinação da primeira sílaba ‘hi’, de ‘Himalaya’, e a última sílaba ‘ndu’, de ‘bindu’”.
Acredita-se, é claro, que isso deu origem ao nome “hindu”, atribuindo uma origem indígena ao nome. A conclusão é que as pessoas vivendo nessa área são conhecidas, portanto, como “hindus”.
De qualquer modo que essas teorias possam apresentar suas informações e de qualquer modo que possamos refletir sobre elas, o nome “hindu” tem origem simplesmente como uma designação corpórea e regional. O nome “hindu” se refere a uma localização e a seus habitantes, e originalmente não tinha nenhuma ligação com a filosofia, a religião ou a cultura das pessoas, que certamente podiam mudar de uma para outra. É certamente correto dizer que todos da Índia são indianos, mas e quanto à sua religião e ao seu pensamento? Estes são conhecidos por numerosos nomes segundo as várias aparências e crenças. Assim, eles não são todos hindus, e muitos que não seguem o sistema védico já objetam serem chamados por esse nome. “Hindu”, portanto, não é o nome mais apropriado para um caminho espiritual, senão que o termo sânscrito sanatana-dharma é muito mais apropriado. A cultura dos indianos antigos e sua história é a cultura védica, ou o dharma védico. É mais acertado, portanto, usar um nome baseado nessa cultura para aqueles que a seguem do que um nome que apenas diz respeito à localização de um povo.
Por conseguinte, o caminho espiritual védico é mais adequadamente tratado por sanatana-dharma, que significa “a ocupação imutável e eterna da alma em seu relacionamento com o Ser Supremo”. O dharma do açúcar, por exemplo, é ser doce, e isso não muda. E se não é doce, não é açúcar. Ou o dharma do fogo é fornecer calor e luz. Se não faz isso, não é fogo. Da mesma forma, existe um dharma, ou natureza, próprio da alma, que é sanatana, eterno. Tal dharma é imutável. Há, portanto, o estado de dharma e o caminho do dharma. Seguir os princípios do sanatana-dharma pode nos levar ao estado puro de reavermos nossa esquecida identidade espiritual e nosso relacionamento com Deus. Essa é a meta do conhecimento védico. Assim, o conhecimento dos Vedas e de toda a literatura védica, tal como a mensagem do Senhor Krishna no Bhagavad-gita, bem como os ensinamentos das Upanishads e dos Puranas, não se limitam apenas a hindus, que são restritos a determinada regiões do planeta ou famílias. Esse conhecimento, na verdade, destina-se ao mundo inteiro. Como todos são seres espirituais e têm a mesma essência espiritual, como descrevem os princípios do sanatana-dharma, todos têm o direito e o privilégio de entender esse conhecimento.
Se gostou deste material, também gostará destes: Yoga nos Dias de Hoje, Os Avataras do Senhor Krishna.
 

terça-feira, 30 de julho de 2013

Vivemos mais! Vivemos bem? Por uma vida plena


Vivemos mais! Vivemos bem? Por uma vida plena

       

de  Mario Sergio Cortella / Terezinha Azerêdo Rios

 

Coleção:     Papirus debates

Encadernação:     Brochura
Nº Páginas:     112

Público Alvo:     Geral


O LIVRO

Muito se tem escrito, falado e divulgado sobre o aumento da expectativa de vida. A todo momento ouvimos recomendações de como manter a qualidade de vida: prática de exercícios, alimentação saudável e assim por diante.
Para além de todas essas questões, há, contudo, uma experiência pessoal, única. A seu modo, cada um de nós pode fazer do próprio envelhecimento um processo de crescimento contínuo: não biológico, mas de aprendizado e convívio, de autoconhecimento e compreensão.
Assim, enfrentando a vida com coragem, partilhando as experiências, sendo vital no dia a dia, talvez, além de longa, nossa vida possa ser larga, ampla.

O CONTEÚDO

A vida como desafio
Viver mais e viver bem
Tempo amigo, tempo inimigo
Olhando para trás e adiante
A ditadura do relógio e o valor do tempo
A ampliação do horizonte de vida
A vida só vale porque é finita
Quais são seus planos para o futuro?
Aposentadoria não é desocupação!
Vida boa = Presença do desejo

SAIBA MAIS


Lançamento

segunda-feira, 29 de julho de 2013

YOGA SUTRA Uma abordagem prática Edição com Nova Capa por Giridhari Das - Gustavo Dauster

YOGA SUTRA


Uma abordagem prática


 


Edição com Nova Capa


 


por Giridhari Das - Gustavo Dauster




Baseado na tradução e comentários de Srila Hridayananda Das Goswami Acharyadeva (Howard J. Resnick, PhD).



166 páginas



Tamanho: 15 x 21 centimetros.



 O Yoga Sutra descreve a essência do yoga - elementos práticos, obstáculos, resultados intermediários e seu objetivo final.



Este livro é baseado na tradução do sânscrito ao inglês dos sutras feita pelo Doutor Resnick, que especial atenção devido às suas imensas qualificações.



Dr. Resnick também conhecido como Hridayananda Dasa Gosvami, é doutor em Sânscrito e Estudos Indianos pela Universidade de Harvard.



 É praticante dedicado de bhakti-yoga desde 1969, tendo viajado mundo afora treinando pessoas em bhakti-yoga e palestrando sobre o assunto de yoga e filosofia védica.



Esta apresentação do Yoga Sutra se destaca por sua clareza e praticidade, desmistificando o texto e mostrando sua sempre atual relevância para todos aqueles interessados em evoluir como pessoas.



Gustavo Dauster estuda e pratica o yoga metafísico sob a guia do Dr. Resnick há 20 anos, e ocupa-se em tempo integral a ensinar o palestrar sobre o assunto desde 1998.


Biografia de Acharyadeva Hrdayananda Dr. Howard J. Resnick




O AUTOR

Giridhari Das (Gustavo Dauster)

-          Nascido em Praga, Tchecoslováquia, 6 de maio de 1969
-          1ª Iniciação em 1998, sob o guru Srila Hridayananda Das Goswmami Acharyadeva, membro da ISKCON e discípulo de Sri Srimad A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, fundador-acarya da ISKCON
-          2ª Iniciação em 2001
-          Casado com Carana Renu DD em 26 de setembro de 2008

Estudos

1979-1987      American School in London, Londres, Inglaterra
Middle and High School
1987-1988      Brown University, Providence - Rhode Island, EUA
1989-1991      Universidade de Brasília, Brasília, Brasil
1999                Diploma em Economia, Charter Oak State College,
New Britain, Connecticut
2003                Diploma de Bhakti-shastri, com menção de honra

Ocupação em Auto-realização e Yoga

1998-presente - Coordenador do Programa Amigos de Krishna

2001-2010 - Presidente da Associação BBT Brasil (Editora da ISKCON)
2004-presente - Presidente e fundador da ONG Paraíso dos Pândavas
2005-presente - Membro do CGB (Conselho Governamental do Brasil)
2008-2010 - Vice-Presidente e membro do Comitê Executivo do CGB
2009-presente – Membro do Conselho Nacional de Nova Gokula
2010-2011 - Presidente e membro do Comitê Executivo do CGB
2011-presente – Secretário Zonal para a ISKCON Brasil

Livros Publicados (em Português)

Ciência Espiritual - Uma Introdução à Sabedoria do Yoga, 2005
Yoga Sutra de Patanjali - Uma Abordagem Prática, 2007
-  Publicado também em Chinês em 2008 (9000 exemplares)
Notas:
- ISKCON - Sociedade Internacional da Consciência de Krishna - www.harekrishna.com.br.
- Bhakti-shastri é um título da ISKCON que é concedido apenas a aqueles que demonstram grande competência na compreensão filosófica das escrituras védicas.
- Amigos de Krishna é o programa da ISKCON do Brasil de aconselhamento e ensino de bhakti-yoga à distância.
- A BBT (Bhaktivedanta Book Trust) é a maior editora de livros de filosofia védica do mundo.
- ONG Paraíso dos Pândavas é uma OSCIP dedicada a difusão dos valores do yoga, ecologia e assistência social.
- O CGB é órgão administrativo máximo da ISKCON do Brasil.
- RGB – Regional Governing Body, corpo administrativo regional da ISKCON mundial.
- Nova Gokula é a projeto rural mais antigo e proeminente do Brasil - www.novagokula.com.br.
- O livro “Yoga Sutra - Uma Abordagem Prática” já está disponível em 5 idiomas (Português, Chinês, Polonês, Inglês e Espanhol)


UM LANÇAMENTO





sábado, 27 de julho de 2013

GRÃOS DE AREIA de Shri Damodara




GRÃOS DE AREIA


de Shri Damodara




187 páginas



Tamanho: 21 x 14 centimetros


Era uma vez uma professora Evalda Andrade que queria ser escritora, hoje temos uma devota e escritora, e das boas,  Sri Damodara. Assim éla é conhecida na comunidade Hare Krishna de Nova Gokula, onde mora, e onde lançou seu romance “Grãos de Areia”.
Foi lá que conheceu Hrdayananda dasa Goswami, seu mestre, que a incumbiu de escrever romances a partir daBhagavadgita e do Srimad-Bhagavatam, escrituras milenares da Índia antiga. E assim surgiu para nosso deleite as páginas de Grãos de Areia. Não se engane, este não é um pseudo-romance de auto-ajuda , desses que saem aos borbotões por aí.É literatura com fundamentos dos mais claros e magníficos do Srimad-Bhagavatam. (E.C.)

O LIVRO
 " Maria da Glória se apressou, embora não quisesse. Seus pés afundavam na areia tão movediça, graças ao balanço das ondas, que ora vindo, ora indo, espalhavam doidamente os pequeninos grãos... E, devido a essa simples, porém mágica dinâmica, ela ponderou, enquanto caminhava, como o tempo cumpria seu papel, com perfeição. Afinal, não seríamos nós carregados pelas ondas do tempo, que ora nos aproximam, ora nos afastam uns dos outros, assim como as ondas do mar sacodem impetuosamente os minúsculos grãos de areia da praia?"


Uma história que, certamente, poderia ser a de muitos nesse mundo. Um intenso drama familiar e uma jornada de abnegação de uma mãe em defese de seu único filho. Uma tranquila cidade do interior contrastado com uma inquieta e angustiada professora.O tempo como elemento inexorável da vida, curando feridas, alimentando esperanças e subjugando desavenças. Assim como o amor.


" O vento sopra agora, carrega as folhas da mangueira para lá e para cá. E para lá e para cá elas vão se tocando e se afastando, no remoinho da vida..."




A CRITICA
Ambientado na zona da mata canavieira, o livro poderia se filiar a uma tradição regionalista. Entretanto, o romance se desprende desse espartilho, por levantar questões de ordem universal, dentro de uma maneira poética de narrar. O próprio título invoca uma metáfora. Afinal, não seríamos nós carregados pelas ondas do tempo, que ora nos aproximam, ora nos afastam uns dos outros, assim como as ondas do mar sacodem impetuosamente os minúsculos grãos de areia da praia? - Tribuna do Norte

UM LANÇAMENTO



segunda-feira, 22 de julho de 2013

SANIDADE ESPIRITUAL de Purushatraya Swami


SANIDADE ESPIRITUAL

de  Purushatraya Swami

 

226 páginas


Este é um livro que contém crônicas , artigos e ensaios. São verdadeiras reflexões do aqui e do porvir. Na minha mente e coração inquietos sempre estou em busca da boa palavra, aquela que me aquieta e conforta e em outras horas me inspira ou mais, me da um chute no traseiro como que se diz , vai à luta, descobre-te, ilumina-te. E eu sigo assim aqui na praia , olhando a imensidão do tempo e sorvendo o néctar dos saberes antigos e vislumbrando os caminhos de um mundo espiritual claro e impoluto.




Leiam isto ...

" Ah, a fé...Palavrinha pequena muito pouco compreendida, mas, quando bem usada, torna-se "a" chave da porta de entrada de um reino maravilhoso - a Transcendência. A Fé deve sempre estar associada com a razão. Aí ela fica poderosa. Se ela está sozinha, pode descambar para a cegueira - a tal "Fé Cega". Só causa estragos . (...) escreveu magistralmente Purushatraya Swami.  (E.C.)


O AUTOR
Purushatraya Swami, nascido em 1945, é natural do Rio de Janeiro. Cursou a Escola Naval e formou-se em administração.

Aos 24 anos, despertou um grande interessesobre o pensamento oriental, e seis anos mais tarde, decidiu ingressar na vida monástica.

Em 1985, na Índia, foi iniciado na ordem renunciada de vida, sannyasa,recebendo o título de Swami e sendo reconhecido como mestre em bhakti yoga.

Por sete anos, morou na Índia, dedicando-se ao estudo e ensino de filosofias comparadas e sânscrito.

É um reconhecido palestrante, tendo visitado todos os continentes. Hoje, reside novamente no Brasil, onde coordena um projeto espiritualista/ecológico em Paraty, RJ.



Purushatraya Swami - Sunday Feast Lecture


UM LANÇAMENTO


MATSIA - O PEIXE QUE FALAVA E FAZIA OUTRAS COISAS por Shri Damodara


A muito estávamos esperando para nossos filhos e netos , e porque não para nós mesmos obras encantadoras e conteúdo pleno de amor e de ensimamentos. Bons ventos os trazem o selo Sankirtana Kids. Sabias palavras do Bhagavatam com a doçura do traço de grandes artistas e contadores de histórias. Experimente. Namaste! (E.C.)


O LIVRO


MATSIA - O PEIXE QUE FALAVA E FAZIA OUTRAS COISAS


por Shri Damodara




20 páginas



Tamanho: 21,5 x 21,5 centimetros



 Ilustrações coloridas



 Laminação fosca anti- reflexo (facilita a leitura)



 Textura sensorial



 Papertoy para montar












O SEU CONTEÚDO

Como pode um simples peixe ser tão fantástico?

Ele fala, cresce e me encanta.

Quem é esse peixe?

O que é essa missão sobre o que ele fala?

Com um coração humilde, entenderei esse mistério.



 UM LANÇAMENTO


domingo, 14 de julho de 2013

Kirtan Fest!



Festivais de kirtan de longa duração tomam proporções cada vez maiores pelo mundo afora. A cada dia, novos adeptos desta prática milenar buscam por eventos onde possam vivenciar o prazer ilimitado que há no cantar do maha mantra Hare Krishna.
Foi pensando em ampliar as oportunidades para os apaixonados por kirtan que o projeto Kirtan Brasil decidiu investir energia e trazer um novo conceito para este segmento. Temos o prazer e apresentar-lhes o KIRTAN FEST simplesmente kirtan!
Seguindo o modelo de eventos exitosos como o Kirtan Mela (Alemanha e India), o qual une a prática do kirtan a uma dosagem filosófica que justifica o cantar, o KIRTAN FEST será realizado de 11 a 17 de Novembro de 2013 em Nova Gokula (Pindamonhangaba - SP) e terá diariamente 12 horas de kirtan, sempre após a tradicional leitura do Srimad Bhagavatam, cujo tema central será exclusivamente focado na importância do cantar o maha mantra. Além disso, celebrações dos 40 anos da ISKCON BRASIL também terão espaço durante esta semana.
A outra novidade é que levaremos o KIRTAN FEST para Santiago do Chile (2 e 3 NOV ) Buenos Aires (8 e 9 NOV). Grandes nomes do kirtan yoga mundial estão previstos para participarem desta incrível turnê, tais como Amala Kirtan Das (EUA), Deva Dharma Das (India), Bhakti Lata Devi Dasi (EUA), Amala Harinam Das (Londres), Nadiya Mani (Londres), entre outros que ainda estão por confimar. Será de fato um evento imperdível!
Fique por dentro da organização deste grandioso festival, prepare-se e marque presença num evento que irá mudar sua vida!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Joana, Relapsa e Santa de Georges Bernanos







Joana, Relapsa e Santa

de Georges Bernanos

 

Tradução: Pedro Sette-Câmara


Formato: 14 x 21cm
Número de Páginas: 48
Acabamento: Brochura


Em Joana, Relapsa e Santa, a exaltação de Joana d’Arc assume para Bernanos a figura de uma dupla meditação sobre a Igreja: Igreja de clérigos e Igreja de santos.

No caso de Joana d’Arc, a Igreja pura e simplesmente condenou uma santa. Que Igreja? Bernanos aponta o dedo para a Igreja institucional, de que faz um retrato nada lisonjeiro. No entanto, não coloca a instituição de lado; ela, apesar de sofrível, é necessária. Porém, “o menor dos garotinhos de nossas catequeses sabe que a bênção de todos os homens do clero juntos somente levará a paz às almas já dispostas a recebê-la. Rito nenhum dispensa de amar”.

Confira aqui algumas páginas 

O AUTOR
Georges Bernanos (Paris, 20 de fevereiro de 1888 — Neuilly-sur-Seine, 5 de julho de 1948) foi um escritor e jornalista francês. Bernanos participou intensamente da vida política de seu país: foi soldado de trincheira na Primeira Guerra Mundial e repórter na Guerra Civil espanhola. Em 1917, casou-se com Jeanne Talbert d’Arc, descendente em linha direta de um irmão de Joana d’Arc. Georges e Jeanne tiveram seis filhos entre 1918 e 1933: Chantal, Yves, Claude, Michel, Dominique, Jean-Loup. Passou a infância em Fressin (Pas de Calais).

Chegou ao Brasil aos cinqüenta anos de idade acompanhado da mulher, seis filhos e de um sobrinho. Primeiro foi para Itaipava, no estado do Rio de Janeiro, depois residiu em Juiz de Fora, Vassouras e Pirapora onde escreveu Les enfants humiliés e tentou a criação de gado. Numa série de artigos posicionou-se contra o armistício franco-germânico. Durante a Segunda Guerra Mundial permaneceu no Brasil, residindo entre 1938 e 1945 em Barbacena, Minas Gerais, numa casa situada no bairro Cruz das Almas que lhe foi oferecida por amigos. Nesta casa escreveu Lettre aux Anglais, Le Chemin de la Croix-des-Ames e La France contre les Robots. Esta casa hoje se transformou no "Museu George Bernanos". Ali veio a terminar a sua obra Monsieur Ouine, que publicou na França, por ocasião do seu regresso em 1946.

OUTROS LIVROS DO AUTOR
Livros publicados pela É Realizações

Um Sonho Ruim

Sob o Sol de Satã

Diário de um
Pároco de Aldeia

Nova História
de Mouchette





UM LANÇAMENTO
Editora É Realizações





Bhaktivinoda Thakura e a Importância da Sucessão Discipular


Palestra de Sua Divina Graça A.C. Bhaktivedanta Svami Prabhupada,
proferida na cidade de Londres, no dia 23 de setembro de 1969,
dia da ocasião do aniversário de Srila Bhaktivinoda Thakura
 

Então, hoje é um dia muito auspicioso, o aniversário de Thakura Bhaktivinoda. Aqui está o retrato de Thakura Sac-cid-ananda Bhaktivinoda. Ele foi um dos acharyas desta sucessão discipular a partir de Krishna. Temos uma tabela de sucessão a partir de Krishna, tabela genealógica. Existem dois tipos de tabelas genealógicas: uma seminal—pai, seu filho, seu filho, assim. Isto é tabela genealógica material. E existe uma tabela genealógica espiritual, sucessão discipular. Assim como Krishna. Krishna, o pai original, a Suprema Personalidade de Deus, Ele falou o conhecimento Védico a Brahma, o Senhor Brahma. Ele falou a Narada. Narada falou a Vyasa. Vyasa falou a Madhvacharya. Assim, nesta sucessão discipular, o Senhor Chaitanya, a partir do Senhor Chaitanya, os seis Gosvamis, e, similarmente, descendo, para baixo, Bhaktivinoda Thakura, então Gaurakisora dasa Babaji Maharaja, então o meu mestre espiritual, então a próxima geração, meus discípulos.

 

A Aquisição de Conhecimento Infalível

 

Então, existe uma sucessão discipular. E os acharyas, eles são autoridades. O nosso processo de conhecimento é muito simples. Recebemos a partir da autoridade. Não especulamos. Especulação não nos ajudará a chegar ao conhecimento verdadeiro. Assim como, quando estamos em dificuldade, em implicação legal, vamos a alguma autoridade, o advogado. Quando ficamos doentes, vamos a um médico, a autoridade. Não há utilidade (na) especulação. Suponham que estou em dificuldade com alguma implicação legal. Eu simplesmente especulo: “Ficarei livre desta maneira ou daquela maneira”. Isto não ajudará. Temos que ir ao advogado que sabe as coisas, e ele nos dá a instrução de que: “Não faça isso; então você ficará livre”. Similarmente, quando estamos doentes, se eu especulo que: “Minha doença será curada desta maneira ou daquela maneira”, não. Isto é inútil. Você vai a um médico autorizado e ele lhe dará uma boa prescrição, e você será curado. Este é o processo de conhecimento. Mas, na era moderna, as pessoas pensam que: “Sou livre, sou independente e posso criar minha própria solução”. Isto é patifaria. Isto não é bom. Então, Arjuna, quando ele estava falando com Krishna como amigo... mas, quando ele viu que não havia solução falar daquele jeito, ele se rendeu a Krishna. Ele disse, sisyas te ’ham, aham: “Eu, eu me rendo a Você como Seu discípulo”. Sisyas te ’ham sadhi mam prapannam. Prapannam significa render-se. Então, essa é a injunção Védica, que, se você quer conhecer o conhecimento ou a ciência transcendental... “Transcendental” significa além do escopo de sua percepção direta.

 

Assim, o conhecimento espiritual situa-se além do escopo de nossa especulação sensorial. Além do escopo. Assim como, quando a alma, uma centelha espiritual apenas, deixa este corpo, você não pode ver. Portanto, a classe ateísta de homens, eles especulam: “Talvez haja uma alma; talvez não haja uma alma”. Ou: “A função corpórea estava indo deste modo; agora, parou. Os glóbulos sanguíneos agora cessaram. Não mais está vermelho; está branco; portanto, a vida...”. São especulações. Isto não é conhecimento de verdade. Conhecimento de verdade você obtém a partir da autoridade, Krishna. Ele diz, tatha dehantara-praptir dhiras tatra na muhyati. Assim como a alma está passando através de diferentes estágios. Dehino ’smin yatha dehe [Bg. 2.13]. Deha, deha significa este corpo. Asmin dehe, neste corpo, há um dehi. Dehi significa aquele que é o proprietário deste corpo. Isso é a alma. Está passando pela infância, meninice, primeira infância, juventude, velhice. Todos, você pode perceber que você foi criança, você foi um bebê, você foi um garoto. Agora, você é jovem ou idoso. Então, você está lá. Então, assim como você está passando por diferentes tipos de corpos; similarmente, quando você deixa este corpo, você aceita outro corpo. Qual é a dificuldade? Tatha dehantara-praptir dhiras tatra na muhyati [Bg. 2.13]. Não há questão de se embasbacar, como a transmigração do eu, da alma, acontece. O exemplo vívido está lá. Você simplesmente necessita de um pouco de inteligência. Essa inteligência é desenvolvida através da instrução do acharya. Portanto, a injunção Védica não é adquirir conhecimento mediante especulação. Isso é inútil. Athapi te deva padambuja-dvayam janati tattvam prasada-lesanugrhita eva hi, na canya eko ’pi ciram vicinvan. Ciram vicinvan. Ciram significa que, por milhares de anos, você pode especular; você não pode compreender o que é Deus. Isso não é possível. Mas, se você recebe conhecimento a partir do devoto, ele pode liberar você. Portanto, a injunção Védica é que tad-vijnana... [corte] ...a fim de compreender tad-vijnana... Vijnana significa ciência. Se você quer conhecer a ciência transcendental, então você tem que se aproximar de um guru. Tad-vijnanartham, a fim de... Caso você esteja verdadeiramente interessado em compreender a ciência espiritual. Tad-vijnanartham (sa) gurum eva abhigacchet [MU 1.2.12]. Você tem que se aproximar do guru. Guru significa esta sucessão discipular, como eu expliquei.

 

Guru e Chefe de Família

 

Então, Bhaktivinoda Thakura é um guru ideal. Ele não foi sannyasi; ele era grhastha, chefe de família, vivendo com a família, esposa, filhos. Ainda assim, ele era guru. Então, qualquer um pode se tornar guru. Não que o sannyasi pode se tornar guru. O chefe de família também pode se tornar guru, contanto que ele saiba a ciência. Chaitanya Mahaprabhu, quando Ele estava conversando com Ramananda Raya... Chaitanya Mahaprabhu foi sannyasi, com o nascimento elevadíssimo em uma família brahmana, um estudioso muito erudito. Então, Ele estava conversando com Ramananda Raya, um grhastha, governador de Madras. E Ele estava perguntando, e Ramananda Raya estava respondendo. Isto significa que ele estava fazendo o papel de guru, e Chaitanya Mahaprabhu estava fazendo o papel de discípulo. Então, ele estava hesitando, Ramananda Raya. Ele pensou consigo mesmo: “Eu sou grhastha; eu sequer sou brahmana. Além disso, estou lidando com assuntos materiais. Sou governador, opiniões políticas. E Chaitanya Mahaprabhu é sannyasi, nascido de uma família brahmana de alta classe. Deste modo, não fica bem eu instruí-lO”. Assim, ele estava hesitando. Chaitanya Mahaprabhu disse: “Oh, por que você está hesitando?”. Ele disse:

 

kiba vipra, kiba sudra, nyasi kene naya

yei krsna-tattva-vetta, sei ‘guru’ haya

 [Cc. Madhya 8.128]

 

Ele disse: “Não hesite. Quer o indivíduo se torne brahmana, quer se torne um sudra...”. Kiba vipra, kiba sudra. Vipra significa brahmana, e sudra. Sudra é o ser humano de quarta classe. Brahmana é a primeira classe. Então, kiba vipra, kiba sudra. Ele pode ser um ser humano de primeira classe ou o ser humano da classe mais baixa, ou ele pode se tornar um sannyasi ou um grhastha. Isto não importa. Qualquer um que saiba a ciência de Krishna, ele pode se tornar guru. Este é o veredito. Porque a ciência espiritual não pertence à plataforma corpórea. Situa-se na plataforma espiritual. É excelente. Assim como, quando você vai a um advogado ou a um engenheiro ou a um médico. Você não pergunta se ele é brahmana ou sudra. Você apenas tem que saber se ele é advogado. Isto é tudo. Se ele é verdadeiramente um médico. Se ele sabe a ciência médica, ele pode ser brahmana, ele pode ser sudra, ele poder ser sannyasi, ele pode ser chefe de família. Isto não importa. Seu negócio é com o médico, com o advogado. Similarmente, seu negócio é compreender Krishna. Então, qualquer um que conheça Krishna perfeitamente, você tem que ir lá. Tad-vijnanartham sa gurum evabhigacchet [MU 1.2.12]. É... A injunção Védica não é que você tem que se aproximar de um sannyasi ou um grhastha ou um indiano ou americano. Não. Gurum. E guru significa aquele que sabe a ciência de Krishna.

 

Então, este Bhaktivinoda Thakura era grhastha, um oficial muito respeitável, magistrado. E ele era tão elevado que ele vinha de seu escritório, geralmente, às cinco horas, então ele jantava e imediatamente ia para a cama. Imediatamente. Digamos, sete horas da noite, ele vai para a cama; e acorda às doze horas. Então, suponham que ele vai para a cama às sete horas da noite e acorda às doze horas da noite; é sono suficiente, cinco horas. Não se deve dormir mais do que cinco ou seis horas. Minimizem tanto quanto possível. Os Gosvamis costumavam dormir não mais do que uma hora e meia, ou duas horas. Dormir não é algo muito importante. Mesmo grandes políticos, eles costumavam dormir por duas horas. Então, especialmente na linha espiritual, eles devem minimizar tanto quanto possível os atos de comer, dormir, ter relação sexual e defender-se. Minimizem. Gradualmente, chega a zero. Raghunatha dasa Gosvami, ele estava comendo apenas um pouquinho de manteiga em dias alternados, não diariamente. Assim, este Bhaktivinoda Thakura, regularmente ele estava vindo de seu escritório, e, após jantar, imediatamente ele ia para a cama, e acordava às doze horas, e ele costumava escrever livros. Ele escreveu, ele deixou cerca de cem livros. E ele escavou o local de nascimento do Senhor Chaitanya, organizou como desenvolver esse local de nascimento, Mayapur. Ele tinha muitíssimos afazeres. Ele costumava ir pregar sobre a filosofia de Chaitanya. Ele costumava vender livros para países estrangeiros. Em 1896, ele tentou vender Life and Precepts of Chaitanya na Universidade MacGill, em Montreal. Assim, ele era ocupado, acharya. Então, o indivíduo tem que ajustar as coisas. Não que: “Porque sou grhastha, chefe de família, não posso tornar-me pregador. É o afazer...”. (aparte:) Traga-me água. “É afazer do sannyasi ou do brahmacari”. Não. É o afazer de todos. O mundo inteiro está sofrendo por falta de conhecimento. A presente civilização é civilização animal. Eles não sabem nada senão comer, dormir, fazer sexo e se defender. Isto é tudo. Isto é civilização animal. O animal não conhece algo além destes quatro princípios de vida: comer, dormir, fazer sexo e se defender. Isto é tudo. Não. A vida humana destina-se a algo a mais: “O que eu sou? O que é Deus? Qual é a minha relação com Deus? O que é este mundo material? Por que estou aqui? Onde tenho que ir depois?”. Muitíssimas coisas o indivíduo tem que aprender. Athato brahma jijnasa. Esta vida humana. Não esse comer e dormir e ter vida sexual e morrer algum dia como gatos e cães. Portanto, existe a necessidade de acharyas, instrutores, para propagar o conhecimento espiritual, a consciência de Krishna. Bhaktivinoda Thakura foi... Embora ele fosse grhastha, chefe de família, um oficial do governo, magistrado, mas ele era acharya. Assim, a partir de sua conduta, a partir de sua vida, devemos aprender como o indivíduo pode se tornar pregador em qualquer estágio da vida. Não importa o que ele é.

 

O Falso Vishnu é Punido

 

Houve um incidente muito interessante. Na época em que ele era magistrado em Jagannatha Puri... O sistema é... o templo de Jagannatha é um estabelecimento muito grande. No tempo, cinquenta e seis vezes por dia, oferece-se bhoga. E vocês encontrarão, no templo, sempre pelo menos de quinhentas a mil pessoas reunidas. E elas vêem de fora, e a prasada está pronta. Se você vai e solicita no templo de Jagannatha que: “Somos cem homens de fora. Queremos prasada”, sim, imediatamente disponibilizada. Então, é um templo enorme. Isto é um templo, mas existem muitos outros milhares de templos na Índia onde se distribui prasada. Agora, isso é minimizado por nosso atual governo. Eles julgam que é uma despesa desnecessária. Eles estão minimizando. Mas não (é) uma despesa desnecessária. Eles não compreendem. Antigamente, na Índia, não havia necessidade de hotel. Qualquer um vai a qualquer lugar, mesmo em uma vila, ele vai a um templo—a prasada está pronta. Não existe a necessidade de ir a um hotel. Você paga ou não paga. Se você disser que: “Eu quero um pouco de prasada”, “Sim, pegue”. Este ainda é o sistema. Existe o templo Nathadvara no Rajastão. Você paga duas annas apenas. Duas annas significa um centavo. Você obtém suntuosa prasada para dois homens, tudo excelente prasada, ainda. Assim, distribuição de prasada no templo é uma prática de longa data. Então, Bhaktivinoda Thakura... O templo de Jagannatha é gerenciado por um corpo, e é o costume que o magistrado local do distrito, que ele se torne o presidente, ou administrador. Assim, Bhaktivinoda Thakura era o administrador nesse sentido, porque ele era o magistrado. O comitê administrativo estava sendo presidido por ele. Então, houve uma queixa. Na Orissa, este templo de Jagannatha está situado na Orissa. Utkala. Utkala, este estado, pertencia originalmente a Dhruva Maharaja. O nome de seu filho era Utkala, Maharaja Utkala. De qualquer modo, neste Utkala, havia um pseudo-yogi. Ele se declarava como... Assim como vocês encontrarão hoje também, que há muitíssimos patifes declarando que: “Sou encarnação de Deus”. E eles sabem alguns poderes místicos, fazem alguma prestidigitação, e os tolos os aceitam: “Oh, ele é Deus”. Assim, apareceu lá um desse tipo de pseudo-Deus, Vishnu, em uma vila da Orissa. E ele estava dançando a dança da rasa, e os tolos estavam enviando suas filhas e esposa para dançarem com ele. Vêem? Havia muitas. Não apenas isso. As pessoas são tão tolas que elas não sabem... Elas querem ser enganadas, e esses enganadores vêm. Ele declarava que: “Sou Deus. Sou Vishnu”. Então, havia homens sãos também. Eles objetavam: “Que disparate é esse? Esse homem está dançando com damas e cavalheiros, er, moças”. Assim, eles propuseram uma demanda em juízo. Naquele tempo, era o regime britânico. Eles se queixaram com o governador ou comissário, oficial elevadíssimo. O comissário sabia que Bhaktivinoda Thakura... o nome dele era Kedaranatha Datta. Datta. Kedaranatha Datta, seu nome de chefe de família. Assim, o comissário da repartição, ele sabia que Kedaranatha Datta é um homem religioso, e ele é o magistrado empossado. Então, ele entregou o caso para inquérito: “O que é esta queixa? Por favor, faça o inquérito e tome as medidas necessárias”. Assim, ele era um devoto puro, e ele compreendeu que: “Esse patife é um farsante, enganando as pessoas. Tenho que fazer o inquérito”. Então, ele foi à vila em vestes simples com alguns condestáveis, policiais condestáveis. Eles também estavam em vestes simples. E, tão logo ele aproximou-se daquele yogi patife, ele disse: “Oh, você é Kedaranatha Datta. Então, muito bom. Você é... Tornarei você o rei da Índia. Por favor, não tente importunar-me”. Porque ele saiba que: “Ele veio fazer a sindicância das acusações sobre a minha rasa-lila”. Assim, Bhaktivinoda Thakura, antes de tudo, disse: “Senhor, você é um grande yogi. Por que você está na vila? Por que você não vai para Jagannatha Puri? Há o templo e o Senhor Jagannatha está lá. É melhor você ir lá para ver o Senhor e ser feliz. Por que você está nesta vila?”. “Oh, Jagannatha? Ah, aquilo é feito de madeira. Eu sou pessoalmente o Senhor Supremo. Aquilo é feito de madeira”. Oh, então Bhaktivinoda Thakura—ele era devoto—ele tornou-se fogo. (risos) Ele estava insultando. Arcye sila-dhir gurusu nara-matih. De acordo com o sastra, se alguém considera... Assim como há uma Deidade aqui. Se alguém pensa: “Oh, é feita de pedra...” É pedra aos olhos do não-devoto, mas é pessoalmente a Suprema Personalidade de Deus para os devotos. Ele requer os olhos para ver. Assim, o devoto vê de um diferente ângulo de visão. Assim como Chaitanya Mahaprabhu, quando Ele entrou no templo de Jagannatha, imediatamente Ele desmaiou: “Oh, aqui está o Meu Senhor”. E o não-devoto está vendo: “É madeira, é um amontoado de madeira”. Portanto, para o não-devoto, Ele permanece, Ele permanece sempre como madeira, mas, ao devoto, Ele fala. Esta é a diferença. Premanjana-cchurita-bhakti-vilocanena [Bs. 5.38]. Se Deus é tudo, por que madeira, através da madeira e da pedra, Deus não pode Se manifestar? Se Deus é tudo? De acordo com a filosofia Mayavada... Isto é fato. Deus, o onipotente. Ele pode expressar-Se mesmo através de madeira e pedra. Isto é a onipotência de Deus. Isto se chama onipotência. Não que Deus é incapaz de expressar-Se através da madeira ou da pedra. Como, então, Ele é onipotente? Onipotente significa que Sua potência pode ser expressa através de qualquer coisa. Porque qualquer coisa, tudo é expansão da energia de Deus. Parasya brahmanah saktis tathedam akhilam jagat. O mundo inteiro é manifestação de diferentes energias de Deus. Portanto... Assim como, através da energia de eletricidade; a central elétrica, embora muitíssimo longe deste lugar, estava expressando. Há eletricidade. Através deste vidro, através destes fios, o poder pode ser expresso. Existe um processo.

 

Assim, Bhaktivinoda Thakura ficou muito... Porque o devoto não pode tolerar blasfêmias contra outro devoto ou Deus. Então, tão logo ele disse que: “Por que eu deveria ir a Jagannatha Puri para ver o Jagannatha de madeira? Eu sou pessoalmente Vishnu”, Bhaktivinoda Thakura imediatamente ordenou a seus condestáveis: “Prendam-no. Prendam esse patife”. Assim, ele foi preso. E, enquanto estava preso... Ele tinha alguns poderes místicos ióguicos. Todos os condestáveis, Bhaktivinoda Thakura e os membros familiares dele foram vitimados por febre alta, 40,5 graus. Então, quando ele voltou, sua esposa ficou muito perturbada, que: “Você prendeu Vishnu, e todos nós morreremos. Estamos agora com febre alta”. Bhaktivinoda Thakura respondeu: “Sim, morramos todos, mas esse patife tem que ser punido”. Esta é a visão de um devoto puro. Então, ele foi colocado sob custódia. E foi estabelecida uma data para o seu julgamento, e, todos esses dias, especialmente o próprio Bhaktivinoda Thakura e sua família, eles estavam sofrendo de febre alta. Talvez aquele yogi estivesse planejando matar toda a família. Mas estava prosseguindo como febre. Então, no dia do julgamento, Bhaktivinoda Thakura, Kedaranatha Datta, quando ele chegou ao tribunal, o homem estava presente, o assim chamado yogi, e ele tinha cabelos enormes. Então, Bhaktivinoda Thakura ordenou que: “Tragam um barbeiro e cortem o cabelo dele”. Então, nenhum barbeiro ousou. Os barbeiros pensavam: “Oh, ele é o Senhor Vishnu. Caso eu ofenda, assim como ele está sofrendo de febre, eu também morrerei”. Assim, Bhaktivinoda Thakura ordenou que: “Dê-me a tesoura. Eu cortarei”. Assim, ele cortou seus cabelos e ordenou que ele fosse colocado na prisão por seis meses, e, na prisão, essa “encarnação” de Vishnu conseguiu obter um pouco de veneno e morreu.

 

Deus e as Escrituras São Acessíveis Através do Acharya

 

Assim, este é um dos incidentes. Há muitos incidentes. Ele era um homem muito forte. Ele puniu nos tirthas muitos pandas que exploravam os visitantes. Assim, essa é a posição do devoto. A despeito de se tornar um magistrado responsável, um chefe de família; ainda assim, ele era acharya. Então, temos que seguir os acharyas. Se estamos realmente, se estamos realmente interessados na ciência espiritual, então temos que seguir a instrução Védica, tad-vijnanartham sa gurum evabhigacchet [MU 1.2.12]. Temos que nos aproximar. Você não pode ter conhecimento espiritual simplesmente através de especulação. Impossível. Mera perda de tempo. Srama eva hi kevalam. Você tem que ir a... No Bhagavad-gita, portanto, recomenda-se, acaryopasanam.  Acarya-upasana. Não apenas adorar o Senhor, mas também o acharya. Chaitanya Mahaprabhu disse, guru-krsna-krpaya paya bhakti-lata-bija [Cc. Madhya 19.151]. Guru, acharya, e Krishna. O indivíduo deve buscar pelo favor de ambos. Não que: “Eu agora estou buscando pelo favor de Krishna. Qual é a utilidade do guru ou do acharya?”. Não. Você não pode passar por cima do acharya e ir a Krishna. Isso não é possível. Krishna não aceitará você. Assim como, se você quer ver um grande homem, você deve ir através de seu secretário, através de sua organização, porteiro; similarmente, o nosso processo é acaryopasanam, ir através do acharya. Esta é a injunção dos Vedas. Tarko ’pratisthah. Se você quer entrar no mundo espiritual, você não o pode fazer simplesmente através de argumentos. Porque não há limite para argumentar. Eu apresento o meu argumento de uma maneira. Outro homem, que é melhor argumentador, ele apresenta seu argumento de uma maneira diferente. Então, se vocês simplesmente prosseguem argumentando, não é possível. Tarko ’pratisthah. Isso jamais ajudará vocês. Argumento. Srutayo vibhinnah. Se vocês pensarem que: “Lerei as escrituras e compreenderei Deus”, não, isso não é possível. Srutayo vibhinnah. As escrituras também são diferentes. Porque as escrituras são feitas de acordo com o tempo, as circunstâncias, as pessoas. Assim como a Bíblia. A Bíblia o senhor Jesus Cristo pregou no deserto, Jerusalém. Ou onde é isso? Pessoas que não eram muito avançadas. Portanto, sua primeira instrução é: “Não matarás”. Isto significa que eles eram muitíssimo engajados em assuntos de matar; do contrário, por que há essa instrução? E, na verdade, de fato aconteceu que eles mataram Jesus Cristo. Então, essa sociedade não era uma sociedade muito iluminada. Assim, uma escritura para uma sociedade que não é muito esclarecida e uma escritura para uma sociedade que é muito esclarecida têm que ser diferentes. Assim como um dicionário. Para o colegial, um dicionário de bolso. E, para o universitário, internacional, um grande dicionário. Ambos são dicionários. Mas o pequeno dicionário de bolso não é igual ao grande dicionário. Porque é feito diferentemente para diferentes classes de homens. Então, as escrituras são feitas de acordo com diferentes classes de homens. Há três classes de homens: primeira classe, segunda classe e terceira classe. O homem de terceira classe não pode compreender a filosofia e as injunções escriturais do homem de primeira classe. Isso não é possível. Matemática avançada não é algo compreensível aos pequenos colegiais que estão simplesmente tentando compreender “Dois mais dois igual a quatro”. Mas “Dois mais dois igual a quatro” é igualmente bom para os estudantes de matemática avançada. Mas, ainda assim, matemática avançada e matemática primária são diferentes. Portanto, é dito, srutayo vibhinnah: as escrituras são diferentes. Então, se você simplesmente tenta compreender o que é Deus lendo as escrituras, você não consegue. Você tem que se aproximar de um guru. Assim como um livro médico. Ele pode estar disponível no mercado. Se você compra um livro médico e estuda e você se torna médico, isso não é possível. Você tem que ouvir o livro médico com um médico na faculdade, faculdade médica. Então você se qualificará. E, se você diz: “Senhor, já li todos os livros médicos. Reconheça-me como médico”, não, não acontecerá.

 

Então, srutayo vibhinnah. As escrituras são diferentes. Argumentos, isso não ajuda. Um homem talvez argumente melhor do que eu. Então, filosofia. Filosofia, é dito, nasau munir yasya matam na bhinnam. Um filósofo é diferente de outro filósofo. Agora mesmo, hoje, Syamasundara comprou um livro sobre diferentes filosofias. De modo que vocês também não podem determinar o que é verdade. Portanto, o sastra diz, dharmasya tattvam nihitam guhayam. A verdade é muito confidencial. Então, se você quer saber essa verdade, mahajano yena gatah sa panthah, você tem que seguir os grandes acharyas. Você, então, compreenderá. Portanto, acharya-upasana é essencial. Acarya-upasana é muito essencial. Em todos os sastras Védicos, a injunção é essa. Tad-vijnanartham sa gurum evabhigacchet, srotriyam brahma-nistham [MU 1.2.12]. Tasmad gurum prapadyeta jijnasuh sreya uttamam [SB 11.3.21]. Qualquer um que é interessado em compreender verdades superiores, ele deve se render ao guru. Tasmad gurum prapadyeta, jijnasuh sreya uttamam. Aquele que é indagador, que agora está indagando sobre a temática transcendental. Tad viddhi pranipatena pariprasnena sevaya [Bg. 4.34]. Assim, todos os sastras dizem, no nosso sastra Vaisnava também, Rupa Gosvami diz, adau gurv-asrayam: “Bem no começo, você tem que se refugiar em um guru fidedigno”.

 

A Importância de Adorar o Acharya

 

Assim, este aniversário de Bhaktivinoda Thakura, devemos venerar, devemos adorar, porque, na era moderna, ele reintroduziu a sucessão discipular. De Chaitanya Mahaprabhu... Quinhentos anos atrás, Chaitanya Mahaprabhu ensinou esta filosofia, mas, dentro de duzentos anos... Porque este mundo material é feito de tal modo que, qualquer coisa que você introduza; no devido curso do tempo, isso se deteriorará. Você faz uma ótima casa, mas, após cem anos, duzentos anos, ou, atualmente, mesmo após cinquenta anos, ela se torna dilapidada. Essa é a lei da natureza, kala. O tempo destruirá tudo. Agora, o império britânico, tal grande e vasto império, agora está acabado. O kala, o tempo, acabará com tudo. Isso é material. Qualquer coisa material tem nascimento, tem crescimento, tem alguma opulência, então mingua, então acaba. Este o caminho da (natureza) material... Então, estamos interessados na temática espiritual. Portanto, o processo é adau gurv-asrayam. O indivíduo tem que aceitar um mestre espiritual fidedigno. Este é o nosso processo. Sem aceitar um mestre espiritual fidedigno, não podemos fazer nenhum progresso. Não é possível. Assim, Bhaktivinoda Thakura acontece de ser acharya, um dos acharyas. E ele deixou muitos livros. Chaitanya-siksamrta, Jaiva Dharma. São livros muito importantes. Eles são em bengali, em sânscrito. E muitas canções. Ele preparou muitos livros de canção. A canção ei nam gaya gauracand madhura svare, ela é uma canção de Bhaktivinoda Thakura. Assim, estamos tentando apresentar os livros de Bhaktivinoda Thakura também em tradução inglesa. Gradualmente, vocês obterão. Assim, a nossa adoração, a nossa adoração a Bhaktivinoda Thakura hoje (é feita de modo) que ele possa abençoar-nos a progredirmos pacificamente na consciência de Krishna. Acarya-upasana, simplesmente pelas bênçãos dos acharyas, podemos progredir muito rapidamente. Vedesu durlabham adurlabham atma-bhaktau [Bs. 5.33]. Caso nós... Yasya prasadad bhagavat-prasadah... Cantamos todos os dias. Pela misericórdia do mestre espiritual, acharya, nós imediatamente obtemos as bênçãos do Senhor. Imediatamente. Yasya prasadat. Yasya significa “cuja”; prasadat, “bênção”. Pela bênção do mestre espiritual. Yasya prasadad bhagavat-prasadah. Se o mestre espiritual, acharya, está satisfeito, então você deve entender que Krishna também está satisfeito. Você deve saber através (disso). Não é muito difícil. Assim como você está trabalhando em um escritório. Se o seu superior imediato, patrão, está satisfeito, isto significa que o proprietário da firma, ele também está satisfeito. Embora você não veja. Isto é fato. Seu patrão imediato, se ele está satisfeito. Então, similarmente, nós, o nosso negócio, esta linha espiritual, é guru-krsna-krpa. Temos, primeiramente, que receber a misericordiosa bênção do acharya, e então Krishna ficará satisfeito e Ele também dará Suas bênçãos. Existe uma versão no Srimad-Bhagavatam, mad-bhakta pujyabhyadhika. Ele diz, Krishna diz, que: “Se alguém Me adora diretamente, e se alguém Me adora através do acharya, é um devoto melhor aquele que está vindo a Mim através do acharya”. Mad-bhakta pujyabhyadhika.

 

O Guru Fidedigno e o Falso Guru

 

Então, esta nossa filosofia Vaisnava, processo, é ir através do acharya. Servo do servo do servo. Devemos tentar nos tornar servo do servo. Gopi-bhartuh pada-kamalayor dasa-dasanudasah. Dasa-dasanudasah. Não devemos nos aproximar da Suprema Personalidade de Deus diretamente. Isso não é bom. Isso não será... Na injunção Védica também, é dito, yasya deve para bhaktir yatha deve tatha gurau [SU 6.23]. Se alguém tem indesviável fé na Suprema Personalidade de Deus, yatha deve, e similar fé no guru... É claro que temos que fazer o guru fidedigno. Então é sucessão discipular. E isso também não é muito difícil de selecionar, quem é o guru fidedigno. Guru fidedigno significa que ele se apresenta como servo de Deus. Ele não se mostra falsamente que: “Sou Deus”. Isto é fidedigno. Não é difícil encontrar fidedigno. Mas este é o teste. Se alguém diz que: “Sou guru”, er, “sou Deus”, então ele não pode ser guru. Porque ele não tem conhecimento. Como ele é Deus? Mas ele pode enganar algumas pessoas. Isso é algo diferente. Você pode enganar todas as pessoas por algum tempo e algumas pessoas o tempo todo, mas não todas as pessoas o tempo todo. Isso não é possível. Assim, esses tipos de guru, que se mostram que: “Sou Deus”, ele é falso guru. O guru fidedigno dirá que: “Sou servo do servo do servo de Krishna”, ou Deus. Servo de. Esse é o negócio do guru. Ele serve Krishna como Krishna deseja; esse é o seu negócio. Isso também não é muito difícil. Krishna diz, Krishna deseja, sarva-dharman parityajya mam ekam saranam vraja [Bg. 18.66], que: “Abandone todas as outras ocupações; simplesmente se renda a Mim, e Eu lhe darei proteção”. Krishna diz. Então, o afazer do que guru é isto: “Você, simplesmente se renda a Krishna”. Qual é a dificuldade? Simplesmente repita a mesma coisa. Não por si mesmo, mas por Krishna. Ele é guru fidedigno.

 

Assim, este nosso movimento da consciência de Krishna é muito fidedigno porque dizemos a mesma coisa que Krishna diz. Não fazemos nenhuma adição, alteração. Não como grandes estudiosos, como: “Não é a Krishna...”. Krishna diz, man-mana bhava mad-bhakto mad-yaji mam namaskuru [Bg. 18.65], e o estudioso interpreta: “Não é a Krishna”. Vejam só a tolice. Krishna diz diretamente: “A Mim”. Ele diz: “Não a Krishna”. Desencaminhando. Semelhante guru desencaminhador não ajudará vocês. Então, portanto, encontrar um guru fidedigno significa que ele não muda as palavras de Krishna. Essa é a posição dele. Ele coloca tudo como é, e ele compreende meticulosamente a ciência.

 

Os Conhecimentos de Primeira, Segunda e Terceira Classe

 

Jijnasuh sreya uttamam. Guru, qual é o sintoma do guru? Tasmad gurum prapadyeta jijnasuh sreya uttamam [SB 11.3.21]. Aqueles que desejam compreender o conhecimento científico superior, uttamam. Uttama significa superior. Uttama, madhyama, adhama. Existem três palavras. Primeira classe, segunda classe, terceira classe. Assim, o conhecimento espiritual é uttamam. Qualquer um que é indagador e desejoso de compreender o conhecimento de primeira classe, ele precisa ir a um guru. Aqueles que estão interessados no conhecimento de terceira classe, eles não necessitam de nenhum guru. O conhecimento de terceira classe significa conhecimento animal: como comer, como dormir. Como fazer arranjo para comer, como fazer arranjo para dormir, isso é conhecimento de terceira classe. Porque os animais também se empenham por esse tipo de conhecimento, como comer, como dormir. Portanto, esse tipo de conhecimento é conhecimento de terceira classe. E conhecimento de segunda classe é: “O que sou?”. Athato brahma jijnasa. O Vedanta. Isso é conhecimento de segunda classe. E conhecimento de primeira classe, quando ele de fato compreender o que ele é, ele é servo eterno de Krishna, e ocupa-se no serviço ao Senhor, isso é conhecimento de primeira classe. E, portanto, tão logo ele chega à plataforma do conhecimento de primeira classe, ele se torna feliz.

 

brahma-bhutah prasannatma

na socati na kanksati

samah sarvesu bhutesu

mad-bhaktim labhate param

 [Bg. 18.54]

 

Então, após ser liberto do conceito material de vida pelas bênçãos de Krishna e do guru, o indivíduo chega à plataforma do conhecimento de primeira classe, no qual ele se ocupa diretamente no serviço ao Senhor. Isso é conhecimento de primeira classe. Conhecimento de primeira classe significa além da liberação. Conhecimento de segunda classe é esforçar-se pela liberação. Conhecimento de terceira classe significa em condicionamento, como animal. Os animais, eles são atados pelo tipo particular de corpo e não há, quero dizer, possibilidade de se tornarem liberados. Isso é vida animal. Mas a vida humana é melhor do que a vida animal porque ele, se ele quiser, ele pode se libertar deste condicionamento do corpo material. Essa é a facilidade. Ele pode pessoalmente compreender o que ele é. Ele pode compreender o que é Deus. Ele pode compreender a relação entre Deus e ele mesmo. Ele pode compreender o que é este mundo material. Porque há milhares de livros de conhecimento. Peguemos o Bhagavad-gita. Tudo está lá. E se destina ao ser humano, não aos gatos e cães. Cães e gatos não podem compreender, mas o ser humano pode compreender.

 

Palavras de Encerramento

 

Assim, este nosso movimento da consciência de Krishna destina-se a esclarecer às pessoas como utilizar sua excelente vida, a forma humana de vida, utilizá-la apropriadamente. Utilizá-la apropriadamente significa reviver nossa dormente consciência de Krishna. A consciência de Krishna, ou consciência de Deus, já está lá. Ela se desenvolve na forma humana de vida. Mas está encoberta agora, por causa de nossa associação com este mundo material por ilimitados anos. Estamos vindo através de diferentes espécies de vida. Milhões e milhões de anos se passaram. Suponham que eu fui uma árvore algumas vezes. Eu fiquei de pé por dez mil anos em um lugar. Passamos. Isto é fato. Isto é evolução. Agora, temos a oportunidade de luz. Se você não utilizar este momento oportuno e novamente voltar ao ciclo do processo evolutivo, jalaja nava-laksani sthavara... Assim, é uma grande ciência. Infelizmente, não existe a oportunidade das pessoas estudarem esta ciência na escola, faculdades ou universidades. Eles estão simplesmente ensinando às pessoas que: “Trabalhem duro e gratifiquem seus sentidos”. Isto é tudo. Portanto, uma seção, a seção jovem, eles ficaram desgostosos. Eles se recusaram a cooperar com esta sociedade em razão desta educação desapontadora. E isto crescerá. Porque essa sorte de educação não pode conceder paz ou prosperidade às pessoas. Os problemas estão crescendo. Portanto, o nosso pedido é que, se você quer diminuir ou terminar completamente todos os problemas da vida, adote a consciência de Krishna no processo da sucessão discipular e você será completamente feliz.

Muito obrigado.