quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Roupas Engomadas - Da obra Sri Chaitanya-Bhagavata, de Srila Vrindavana dasa Thakura


A obra integral da qual este excerto foi retirado encontra-se disponível para venda clicando aqui. Excerto cortesia da BBT Brasil pela ocasião do Odana-sasthi, dia 30 de novembro.





Pundarika Vidyanidhi e as
Roupas Engomadas de Jagannatha



Da obra Sri Chaitanya-Bhagavata,

de Srila Vrindavana dasa Thakura,

Antya-khanda, Capítulo 10 (excerto)



Aceitando Yamesvara por residência, Pundarika Vidyanidhi vivia à beira mar próximo do Senhor Chaitanya. Dado viver em Jagannatha Puri, regularmente ele via o Senhor Jagannatha. Imensamente amado por Svarupa Damodara era Pundarika Vidyanidhi. Os dois amigos sempre iam juntos ver o Senhor Jagannatha, e alegremente desfrutavam do néctar das narrações acerca do Senhor Krishna.

Foi chegada então a data em que se observa o festival Odana-sasthi, quando o Senhor Jagannatha recebe novas vestes. Nesse dia em que ao Senhor Jagannatha os devotos ofereciam de acordo com seu próprio desejo novas vestes engomadas, foram o Senhor Chaitanya e os demais devotos ver o festival e as oferendas. Excelente e grandioso era o som musical produzido pelas mrdangas, muharis, búzios, dundubhis, kahalas, dakas, dagadas e kadas. Incontáveis e variadas vestes foram oferecidas nesse dia. Houve então um festival do sexto dia (sasthi) até o fim do mês de Magha. Acompanhando o festival desde a oferenda das vestes até o fim da noite, o Senhor Chaitanya e Seus devotos afogavam-se em amor extático.

Conquanto o Senhor Chaitanya fosse tanto o adorador quanto o objeto de adoração, ninguém seria capaz de compreender isto sem Sua misericórdia. Manifesto na forma de madeira do Senhor Jagannatha, o Senhor encontrava-Se sentado sobre Seu trono. Manifesto na forma de um sannyasi, o Senhor adorava a Si mesmo.

Muitas vestes de seda foram oferecidas – vestes brancas, amarelas, azuis e de muitas outras cores, vestes esplêndidas, vestes adornadas com ouro e pérolas. Depois que as vestes foram oferecidas, fez-se uma oferenda de ornamentos florais, dentre os quais havia braceletes de flores, coroas de flores, guirlandas de flores. Com incenso, lamparinas e todas as dezesseis categorias de oferenda agora aromatizadas com perfumes florais, foi ao Senhor Jagannatha oferecido aratik. Muitas categorias de alimento também foram a Ele oferecidas. Após assistir ao festival com Seus associados, o Senhor Chaitanya retornou muito contente para Sua casa. Uma vez em casa, o Senhor desejou boa-noite aos Seus associados e então alegremente Se recolheu para o Seu quarto.



Roupas Engomadas



Depois que todos já haviam partido, Pundarika Vidyanidhi e Svarupa Damodara permaneceram no local do evento. Os dois conversavam com toda a sinceridade de seus corações. Sem qualquer dissimulação, eles tudo diziam. No coração de Pundarika Vidyanidhi, uma dúvida referente ao estado engomado das novas roupas oferecidas ao Senhor Jagannatha nasceu. A Svarupa Damodara ele perguntou: “Por que as novas vestes oferecidas ao Senhor são oferecidas com goma? Por que neste lugar, ignorando os srutis e smrtis e sem sequer lavarem-nas primeiramente, as pessoas oferecem roupas engomadas para o Senhor?”. “Escute a explicação”, Svarupa Damodara respondeu. “Não há falha alguma no costume daqui. Talvez nem sempre aqueles que conhecem o sruti e o smrti observem este festival; se o Senhor Supremo, no entanto, não desejasse esse festival, por que Ele não proibiria o rei de observá-lo?

“Certo”, disse Pundarika Vidyanidhi. “O Senhor Supremo pode fazer o que Ele bem deseje, mas como poderiam Seus servos imitá-lO e assim fazer o que bem desejam? Por que deveriam os sacerdotes, decoradores, servos e mensageiros do Senhor Jagannatha oferecer vestes impuras, engomadas e sem terem sido lavadas? Sendo o Senhor Jagannatha a Suprema Personalidade de Deus, Ele pode fazer o que bem entenda, mas isso quer dizer que todos podem fazer o que bem entendam? Quando alguém toca uma veste engomada e sem ter sido lavada, a pessoa tem de lavar imediatamente sua mão. Por que uma pessoa inteligente não seguiria essa regra? Todavia, sem levarem isso em consideração, os representantes do rei decoram a cabeça do Rei Supremo com vestes engomadas e não lavadas”.

Svarupa Damodara então disse: “Escute, ó meu irmão. Acredito não haver nada de errado com o festival odana-sasthi. A Suprema Personalidade de Deus descendeu a este mundo como o Senhor Jagannatha. Ele não precisa pensar em regras e proibições. Pundarika Vidyanidhi disse: “Ó meu irmão, escute, por favor, minhas palavras. Certamente o Senhor Jagannatha é a Suprema Personalidade de Deus. Porque Ele é definitivamente a Suprema Personalidade de Deus vivendo em Jagannatha Puri, caso ignore qualquer regra ou proibição, não está Ele sujeito à repreensão alguma. Visto que Ele é definitivamente a Suprema Personalidade de Deus advinda a este mundo, Ele certamente pode negligenciar todas as práticas ordinárias”.

Após esta conversa, os dois amigos caminharam juntos. Eles riam repetidamente e também sorriam. De mãos dadas, os dois amigos riam da ideia de que os servos do Senhor Jagannatha pudessem possuir alguma falha. Eles conheciam o poder e as glórias dos servos do Senhor, e também sabiam o quanto Krishna ama Seus servos. Algumas vezes, o Senhor Krishna confunde Seu servo. Em seguida, com Seu coração cheio de misericórdia, Ele desfaz todo o confundimento. Foi o Senhor quem pessoalmente confundiu Pundarika Vidyanidhi. Por favor, ouçam agora como o Senhor misericordiosamente o livrou desse estado de confusão.



Jagannatha Entra no Sonho de Seu Devoto



Os dois amigos deixaram o local onde estavam e com grande felicidade observaram seus deveres para com o Senhor Krishna. Após comerem, retornaram eles ao local onde Se encontrava o Senhor Chaitanya, local este onde então dormiram.

O Senhor Chaitanya tudo sabe. Manifestando-Se na forma do Senhor Jagannatha, no sonho de Pundarika Vidyanidhi Ele entrou. Pundarika Vidyanidhi viu o Senhor Jagannatha entrar em seu sonho. Depois de fitar Pundarika Vidyanidhi com grande ira, o Senhor Jagannatha esbofeteou seu rosto. Ambos os irmãos Jagannatha e Balarama violentamente bateram com a palma de Suas mãos contra as bochechas de Pundarika. Sentindo a dor dos golpes, Pundarika Vidyanidhi exclamou: “Krishna! Salve-me!”. Ele implorava caído aos pés do Senhor: “Por favor, perdoe minha ofensa!”.

“Ó Senhor, que ofensa cometi para que Você me bata?”, perguntou Pundarika Vidyanidhi. “Sua ofensa não conhece limites”, respondeu o Senhor. “Não obstante sua moradia aqui, você nada sabe acerca da natureza elevada de Meus devotos e de Minha pessoa. Por que você permanece aqui? Isso irá arruinar seu status com as castas superiores. Para preservar esse status, seria melhor se você voltasse para sua casa. Você pensou haver algo de errado com Meu festival. Muito embora você Me trate como o Senhor Supremo, você critica Meus servos tendo identificado como um erro a oferenda a Mim de vestes engomadas e não lavadas”.

No sonho, aterrorizado estava o coração de Pundarika Vidyanidhi. Abraçando os graciosos pés do Senhor contra o seu coração, chorava ele. “Senhor, bondosamente perdoe as ofensas deste pecador”, ele disse. “Eu sou um ofensor. Ó Senhor, eu Lhe digo que sou de fato um ofensor. Senhor, punindo esta boca que se ocupou em motejar Seus servos, é Você muito bom comigo. Amanhece agora um auspicioso dia para mim, agora que com Suas graciosas mãos esbofeteou minhas bochechas e também minha boca”.

O Senhor Jagannatha então disse: “Porquanto você é Meu servo, bondoso com você Eu fui. Por esta razão, Eu o puni”. Em tal sonho, um olhar repleto de afeição lançaram sobre Pundarika Vidyanidhi os Senhores Jagannatha e Balarama. Por fim, os dois irmãos voltaram para o templo. Depois de assim sonhar, Pundarika Vidyanidhi acordou. Ao ver em suas bochechas as marcas dos tapas que recebera dos Senhores, Pundarika sorriu. “Isto é auspicioso. Isto é muitíssimo auspicioso”, ele disse contemplando as marcas deixadas pelos golpes do Senhor Jagannatha. “Eu cometi uma ofensa e o Senhor me puniu. Sou muito afortunado por ter sido punido pelo Senhor apenas de modo tão leve”.



O Glorioso e Afortunado Pundarika Vidyanidhi



Vejam! Vejam as glórias de Pundarika Vidyanidhi! A misericórdia do Senhor Supremo para com Seu servo é colossal. Mesmo enquanto educava Seu próprio filho Pradyumna, o Senhor nunca o puniu de tal maneira. Tampouco o Senhor alguma vez puniu Sita, Rukmini, Satyabhama, algum de Seus outros associados pessoais ou algum dos incontáveis semideuses e semideusas dessa maneira. Não é frequente o Senhor aparecer diretamente na presença de alguém em sonho e misericordiosamente puni-lo por uma ofensa cometida. Um devoto punido em sonho é muito afortunado. Quando desperto, sua ofensa não mais existe. Se em sonho ele recebe a benevolente punição do Senhor, o devoto obtém tudo o que é bom neste mundo. Neste mundo, ninguém pode ser mais afortunado do que tal devoto. O Senhor, contudo, jamais fala em sonho aos não-devotos.

Ponderem, por favor, sobre isso. Os yavanas talvez cometam muitos atos blasfematórios e violentos. Embora talvez sonhem com seus atos de blasfêmia e violência, o Senhor Supremo nunca os pune em seus sonhos. Porque a todo instante os yavanas ofendem os brahmanas santos, eles sofrem neste mundo e no próximo. Todavia, o Senhor Supremo não pune em sonho os pecadores não-devotos. Se o Senhor Supremo aparece perante alguém em sonho, esse alguém é muito afortunado. Esta é a minha opinião. Todos deveriam atentar para quão grande foi a misericórdia dada pelo Senhor Supremo a Pundarika Vidyanidhi na forma da punição pessoal em sonho.

Com a alvorada, Pundarika Vidyanidhi acordou. Em suas bochechas, ele viu as marcas de onde as duas mãos do Senhor O haviam estapeado. Diariamente, ele visitava Svarupa Damodara, e juntos os dois iam ver o Senhor Jagannatha. Como o fazia rotineiramente, Pundarika Vidyanidhi visitou neste dia Svarupa Damodara. Algo a lhe dizer ele tinha. Svarupa Damodara disse: “Por que, nesta manhã, você não deixou seu sono para ir ver o Senhor Jagannatha?”. Pundarika Vidyanidhi disse: “Meu caro irmão, aqui vim porque tenho algo a dizer”. Svarupa Damodara então notou as proeminentes marcas nas bochechas de Pundarika Vidyanidhi, o que o levou a perguntar acerca da origem delas.

Sorrindo, o impoluto Pundarika Vidyanidhi disse: “Ouça, meu irmão. Ontem, certa dúvida experimentei. Eu critiquei a oferenda de vestes engomadas e não lavadas ao Senhor. Esta é a razão para eu ter sido golpeado nas bochechas e trazer estas marcas que você agora vê. O Senhor Jagannatha e também o Senhor Balarama foram ao meu sonho e então me estapearam. Parecia que Eles não iriam parar. Enquanto diziam ‘Você criticou a oferenda de vestes feita a Nós’, Eles ambos deferiam tapas contra as minhas bochechas. Com os anéis de Seus dedos, Eles me golpeavam, mas não sou capaz de dizer mais. O constrangimento não me permite seguir com minha descrição. Apenas digo que hoje minhas bochechas se tornaram gloriosas.

Nada mais era Pundarika Vidyanidhi capaz de dizer. Ó meus irmãos, em seus corações, saibam, por favor, que muito afortunado ele era. Ouvindo sobre o grande amor do Senhor Jagannatha para com Pundarika Vidyanidhi, o santo Svarupa Damodara afogava-se em bem-aventurança. Uma vez que um verdadeiro amigo fica feliz diante da boa fortuna de seu amigo, os dois riam em grande júbilo. “Escute, meu irmão”, disse Svarupa Damodara. “Eu jamais ouvira acerca de uma punição tão magnífica como essa. Eu jamais ouvira dizer que o Senhor Supremo apareceria perante uma pessoa em sonho para pessoalmente puni-la”.

Assim afogavam-se em bem-aventurança os dois amigos. Dia e noite desfrutando do néctar dos tópicos referentes ao Senhor Krishna, nada eles sabiam acerca do mundo externo. Tal era a grande glória de Pundarika Vidyanidhi.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Lançamento - Lindas mensagens de Meimei



Lindas mensagens de Meimei

de Meimei - Irma de Castro

Médium : Miltes Carvalho Bonna
Formato : 13x18
Páginas : 120


As páginas deste livro assemelham-se a pétalas de rosas. Qual suave perfume, a essência de suas mensagens nos envolve e inspira a refletir sobre nosso dia a dia. Apaixonada pela vida e iluminada pela razão, Meimei, “o amor perfeito” em idioma chinês, renova esperanças em nosso coração e nos presenteia com um lindo buquê de mensagens que devemos partilhar com todos aqueles a quem amamos.






A AUTORA
Irma de Castro - Meimei 1922-1946
Irma de Castro Rocha, este encantador espírito, ficou conhecida na família espírita como Meimei.

Trata-se de carinhosa expressão familiar adotada pelo casal Arnaldo Rocha(1) e Irma de Castro Rocha, a partir da leitura que fizeram do livro Momentos em Pequim, do filósofo chinês Lyn Yutang. Ao final do livro, no glossário, encontram o significado da palavra Meimei – \"a noiva bem amada\". Este apelido ficara em segredo entre o casal. Depois de desencarnada, Irma passa a tratar o seu ex-consorte por \"Meu Meimei\". Irma de Castro Rocha não foi espírita na acepção da palavra, pois foi criada na Religião Católica. Ela o era, porém, pela prática de alguns princípios da Doutrina Codificada por Allan Kardec, tais como caridade, benevolência, mediunidade (apesar de empírica), além de uma conduta moral ilibada.

Nasceu na cidade de Mateus Leme, Minas Gerais, a 22 de outubro de 1922 e desencarnou em Belo Horizonte, em 1º de outubro de 1946. Filha de Adolfo Castro e Mariana Castro, teve quatro irmãos: Carmem, Ruth, Danilo e Alaíde. Aos dois anos de idade sua família transferiu-se para Itaúna – MG. Aos cinco anos ficou órfã de pai. Desde cedo se sobressaiu entre os irmãos por ser uma criança diferente, de beleza e inteligência notáveis. Cursou até o segundo ano normal, sendo destacada aluna.

A infância de Meimei foi a de uma criança pobre. Era extremamente modesta e de espírito elevado. Pura e simples. Adorava crianças e tinha um forte desejo – o de ser mãe, não concretizado porque o casamento durou apenas dois anos e houve o agravamento da moléstia de que era portadora: nefrite crônica, acompanhada de pressão alta e necrose nos rins.

Irma de Castro, na flor de seus 17 anos, tornou-se uma bela morena clara, alta, cabelos negros, ondulados e compridos, grandes olhos negros bastante expressivos e vivazes. Foi nessa época que se tornou grande amiga de Arnaldo Rocha, que viria a ser o seu esposo.

Casaram-se na igreja de São José, matriz de Belo Horizonte. Na saída da igreja, o casal e os convidados viveram uma cena inesquecível. Depararam-se com um mendigo, arrastando-se pelo chão, de forma chocante, sujo, maltrapilho e malcheiroso. Meimei, inesperadamente, volta-se para o andarilho e, sensibilizada pela sua condição, inclina-se, entrega-lhe o buquê, beijando-lhe a testa. Os olhos da noiva ficaram marejados de lágrimas...

Arnaldo Rocha afirma que toda criança que passava por Meimei recebia o cumprimento: \"Deus te abençoe\". Havia um filho imaginário. Acontecia vez por outra de Arnaldo chegar do trabalho, sentar-se ao lado de Meimei e ouvir dela a seguinte frase: \"Meu bem, você está sentado em cima de meu principezinho\". Meimei tinha a mediunidade muito aflorada, o que, para seu marido, à época, tratava-se de disfunção psíquica. Estes pontos na vida de Meimei retratam os compromissos adquiridos em existência anterior, na corte de Felipe II, ao lado do marido Fernando Álvares de Toledo – o Duque de Alba (Arnaldo Rocha). Nessa época seu nome teria sido Maria Henríquez.

Apesar do pouco tempo de casados, o casal foi muito feliz. Ela tinha muito ciúme do seu \"cigano\". Arnaldo Rocha explica que esse cuidado por parte dela era devido ao passado complicado do marido. Chico Xavier explicara que Meimei vinha auxiliando Arnaldo Rocha na caminhada evolutiva há muitos séculos, por isso a sua acuidade em adocicar os momentos mais difíceis e alegrar ainda mais os instantes de ventura.

Na noite da sua desencarnação, Arnaldo Rocha acorda, por volta de duas horas da madrugada, com sua princesa rasgando a camisola e vomitando sangue, devido a um edema agudo de pulmão. O marido sai desesperado em busca de médico, pois não tinham telefone. Ao voltar, encontra-a morta.

A amizade entre o casal, projetando juras de eterno amor, teve início por volta do século VIII a.C. Um general do império Assírio e Babilônico, de nome Beb Alib, ficou conhecendo Mabi, bela princesa, salvando-a da perseguição de um leão faminto. Foi Meimei quem relatou a história, confirmada depois por Chico Xavier e traduzida inconscientemente pelo escritor e ex-presidente da União Espírita Mineira, Camilo Rodrigues Chaves, no livro Semíramis, romance histórico publicado pela editora LAKE, de São Paulo.

Essas reminiscências de Meimei eram tão comuns que, além desse fato contido no livro citado, há, também, uma referência à personagem Blandina (Meimei), no livro Ave, Cristo! Aconteceu da seguinte forma: Chico passou um determinado capítulo do livro para Arnaldo Rocha avaliar. À medida que lia, lágrimas escorriam por suas faces, aos borbotões. Ao final da leitura, Arnaldo disse para Chico: \"Já conheço esse trecho!\" Chico arrematou: \"Meimei lhe contou, né?\" Nesse romance de Emmanuel, Blandina teria sido filha de Taciano Varro (Arnaldo Rocha), definindo a necessidade do reencontro de corações com vista à evolução espiritual.

Através da mediunidade de Chico Xavier, muitas outras informações chegaram ao coração de Arnaldo sobre a trajetória espiritual de Meimei. À guisa de aprendizado, Arnaldo foi anotando essas informações e trabalhando, em foro de imortalidade, aspectos de seu burilamento.

Meimei tinha a mediunidade clarividente, conversava com os espíritos e relembrava cenas do passado. Era comum ver Meimei, por exemplo, lendo um livro e, de repente, ficar com o olhar perdido no tempo. Nesses instantes, Arnaldo olhava de soslaio e pensava: \"Está delirando\". Algumas vezes ela afirmava: \"Naldinho, vejo cenas, e nós estamos dentro delas; aconteceu em determinada época na cidade...\". Arnaldo, à época materialista, não sabendo como lidar com esses assuntos, cortava o diálogo, afirmando: \"Deixa isso de lado, pois quem
morre deixa de existir\".

Em seus últimos dias terrenos, nos momentos de ternura entre o casal apaixonado, apesar do sofrimento decorrente da doença, Meimei tratava Arnaldo como \"Sr. Duque\" e pedia que ele a chamasse de \"minha Pilarzinha\". Achando curioso o pedido, Arnaldo perguntou o motivo e recebeu uma resposta que, para ele, era mais uma de suas fantasias: \"Naldinho, esse era o modo de tratamento de um casal que viveu na Espanha no século XVI. O esposo chamava-se Duque de Alba e a sua esposa, Maria Henríquez\". Embevecido com a mente criativa na arte de teatralizar da querida esposa, entrava na brincadeira deixando de lado as excessivas perquirições.

Apresentamos esse ângulo da vida de Meimei para suscitar reflexões acerca do progresso espiritual por ela engendrado em suas diversas reencarnações – das quais citamos apenas algumas –, e que conduziram nossa querida amiga Meimei ao belo trabalho realizado em prol da divulgação da Doutrina Espírita, no Mundo Espiritual, aproveitando as vinculações afetivas com aqueles corações que permaneceram no plano terreno.

Em seus derradeiros dias de vida terrena, Meimei começou a ter visões. Ela falava da avó Mariana, que vinha visitá-la e que em breve iria levá-la para viajar pela Alba dos céus. Depois de muitos anos veio a confirmação através de Chico Xavier. Arnaldo recebe do médium amigo, em primeira mão, o livro Entre a Terra e o Céu, ditado por André Luiz, no qual encontra uma trabalhadora do Mundo Espiritual – Blandina – vivendo no Lar da Bênção, junto com sua Vovó Mariana, cuidando de crianças. Em determinado trecho, Blandina revela um pouco da sua vida terrena junto ao consorte amado.

Arnaldo Rocha narra um fato muito importante no redirecionamento de sua vida. No romance \"Ave, Cristo!\", que se desenvolve na antiga Gália
Lugdunense, encontra-se um diálogo entre os personagens Taciano Varro (Arnaldo Rocha) e Lívia (Chico Xavier), no qual as notas do Evangelho sublimam as aspirações humanas. Lívia consola Taciano, afirmando que \"no futuro encontrar-nos-emos em Blandina\". Essa profecia realizou-se mais ou menos 1600 anos depois, na Avenida Santos Dumont, em Belo Horizonte, no encontro \"casual\" entre Arnaldo Rocha e Chico Xavier, após o qual Arnaldo Rocha, materialista convicto, deixa cair as escamas que lhe toldavam a visão espiritual.

Graças à amizade fraterna entre Arnaldo Rocha e Francisco Cândido Xavier, reconstituída pelo encontro \"acidental\" na Av. Santos Dumont, a história de amor entre Meimei e Arnaldo manteve-se como farol a iluminar a vida dele, agora em bases do Evangelho, que é o roteiro revelador do Amor Eterno.

Depois daquele encontro, que marcou o cumprimento da profecia de Lívia e Taciano Varro, Arnaldo, o jovem incauto e materialista, recebeu consolo para suas dores; presentes do céu foram materializados para dirimir sua solidão; pelas evidências do sobrenatural, incentivos nasceram para o estudo da Doutrina Espírita, surgindo, por conseqüência, novos amigos que indicaram ao jovem viúvo um caminho
diferente das conquistas na Terra.

Passando a viajar permanentemente a Pedro Leopoldo, berço da simplicidade da família Xavier, recebeu de Meimei, sua querida esposa, as mais belas missivas através da psicografia e da clarividência de Chico Xavier.

Faltam-nos palavras para expressar nossa ternura e respeito ao espírito Meimei que, por mais de seis décadas, tem inspirado os espíritas a seguir o Caminho, e a Verdade e a Vida Eterna.

Ao finalizar este singelo preito de gratidão a Irma de Castro Rocha, a doce Meimei das criancinhas, lembramos o pensamento do Benfeitor Emmanuel, que sintetiza a amizade dos trabalhadores do Espiritismo Evangélico em todo o Brasil com o Espírito Meimei: um verdadeiro \"sol que ilumina os tristes na senda da dor. Meimei, amor...\".

1 - Arnaldo Rocha, ex-consorte de Meimei, é trabalhador e conselheiro da União Espírita Mineira desde 1946. Amigo inseparável de Chico Xavier. Organizador dos livros Instruções Psicofônicas e Vozes do Grande Além, FEB. Co-autor do livro \"Chico, Diálogos e Recordações\", UEM.

Carlos Alberto Braga Costa

Fonte: O Espírita Mineiro, nº 295

Um lançamento da


Lançamento - Sândalo de Sergito de Souza Cavalcanti



Sândalo
de Sergito de Souza Cavalcanti


Formato : 14x21
Páginas : 240


A árvore do sândalo (Santalum album) é originário da Índia e outras partes da Ásia e, atualmente, é plantada em outros lugares do mundo, em especial na América. A sua madeira é conhecida por seu entalhe para esculturas e porque dela se obtém óleos voláteis que são usados em perfumaria. O sândalo originário da Índia é a que produz a melhor madeira e os melhores óleos aromatizantes.

As espécies que são cultivadas no resto do mundo não são tão próximas a espécie hindu, porém também recebem o nome de sândalos e sua madeira é também aromática.
Arbusto de sândalo do Havai.

Na Índia, o sândalo é uma árvore sagrada, e o governo a tem declarado como propriedade nacional para preservá-la da depredação ao qual tem sido exposta. Só é permitido o seu corte quando o exemplar possuir mais de trinta anos, momento em que naturalmente começa a morrer. Um tronco do sândalo demora 25 anos para adquirir uma espessura de 6 cm.

É esse Sandalo, o sagrado que inpira o livro de Sergito de Souza Cavalcanti. Inspirado pelo sândalo – na Índia uma árvore sagrada, da qual se extraem óleos aromáticos e madeira para a produção de incenso –, Sergito de Souza Cavalcanti nos oferece lições de espiritualidade, cuja essência reconforta e perfuma a alma. “Seja como o sândalo, que perfuma o machado que o fere.” Foi nesta recomendação, atribuída a Buda, que o autor encontrou e desenvolveu, neste livro, excelentes referências ao amor e à esperança, capazes de dissolver a tensão, as perdas, os sofrimentos e as desilusões. Se você pretende rastrear a felicidade, basta seguir, agora mesmo, a agradável e inconfundível flagrância de Sândalo.


O Autor Sergito de Souza Cavalcanti
Nasceu na cidade de Malacacheta, Estado de Minas Gerais, é casado com Maria Natividade Cavalcanti e pai de três filhos: Scheila, André e Pedro Sérgio. Considera a família o seu maior patrimônio, “uma dádiva de Deus”. Orador inspirado, expressa, na tribuna, a crença que abraçou em 1970, época em que começou a frequentar o Grupo Espírita Irmã Sheila, na cidade de Belo Horizonte (MG). Sentindo os benefícios que a assistência espiritual lhe proporcionava, motivou-se a divulgar o Espiritismo. Aprofundou-se no estudo das Obras Básicas de Allan Kardec, detendo-se com especial atenção em O Evangelho segundo o Espiritismo e nos livros psicografados por Francisco Cândido Xavier. Presidente do Conselho de Representação da Assembléia do Grupo Espírita de Fraternidade Albino Teixeira (Gefrater), sediado em Belo Horizonte, também é conselheiro do Grupo Fraternidade Eterna, da cidade de Inhaúma (MG) –, entidades nas quais atua na área de ensino e assistência espiritual. Fundou a Fraternidad Espírita José Grosso, na cidade de Córdoba, na Espanha.

Um lançamento da


Lançamento - Sândalo de Sergito de Souza Cavalcanti



Sândalo
de Sergito de Souza Cavalcanti


Formato : 14x21
Páginas : 240


A árvore do sândalo (Santalum album) é originário da Índia e outras partes da Ásia e, atualmente, é plantada em outros lugares do mundo, em especial na América. A sua madeira é conhecida por seu entalhe para esculturas e porque dela se obtém óleos voláteis que são usados em perfumaria. O sândalo originário da Índia é a que produz a melhor madeira e os melhores óleos aromatizantes.

As espécies que são cultivadas no resto do mundo não são tão próximas a espécie hindu, porém também recebem o nome de sândalos e sua madeira é também aromática.
Arbusto de sândalo do Havai.

Na Índia, o sândalo é uma árvore sagrada, e o governo a tem declarado como propriedade nacional para preservá-la da depredação ao qual tem sido exposta. Só é permitido o seu corte quando o exemplar possuir mais de trinta anos, momento em que naturalmente começa a morrer. Um tronco do sândalo demora 25 anos para adquirir uma espessura de 6 cm.

É esse Sandalo, o sagrado que inpira o livro de Sergito de Souza Cavalcanti. Inspirado pelo sândalo – na Índia uma árvore sagrada, da qual se extraem óleos aromáticos e madeira para a produção de incenso –, Sergito de Souza Cavalcanti nos oferece lições de espiritualidade, cuja essência reconforta e perfuma a alma. “Seja como o sândalo, que perfuma o machado que o fere.” Foi nesta recomendação, atribuída a Buda, que o autor encontrou e desenvolveu, neste livro, excelentes referências ao amor e à esperança, capazes de dissolver a tensão, as perdas, os sofrimentos e as desilusões. Se você pretende rastrear a felicidade, basta seguir, agora mesmo, a agradável e inconfundível flagrância de Sândalo.


O Autor Sergito de Souza Cavalcanti
Nasceu na cidade de Malacacheta, Estado de Minas Gerais, é casado com Maria Natividade Cavalcanti e pai de três filhos: Scheila, André e Pedro Sérgio. Considera a família o seu maior patrimônio, “uma dádiva de Deus”. Orador inspirado, expressa, na tribuna, a crença que abraçou em 1970, época em que começou a frequentar o Grupo Espírita Irmã Sheila, na cidade de Belo Horizonte (MG). Sentindo os benefícios que a assistência espiritual lhe proporcionava, motivou-se a divulgar o Espiritismo. Aprofundou-se no estudo das Obras Básicas de Allan Kardec, detendo-se com especial atenção em O Evangelho segundo o Espiritismo e nos livros psicografados por Francisco Cândido Xavier. Presidente do Conselho de Representação da Assembléia do Grupo Espírita de Fraternidade Albino Teixeira (Gefrater), sediado em Belo Horizonte, também é conselheiro do Grupo Fraternidade Eterna, da cidade de Inhaúma (MG) –, entidades nas quais atua na área de ensino e assistência espiritual. Fundou a Fraternidad Espírita José Grosso, na cidade de Córdoba, na Espanha.

Um lançamento da


Lançamento - O limite de Paulo Rufino






O limite
de Paulo Rufino

Páginas: 160
Formato: 14 cm x 21 cm


O autor questiona. Instiga o leitor. Seu personagem é o portador das duvidas -
Qual é o limite? Qual é a verdade? Qual o preço que se paga? O que se consegue no final?

Neste romance o jovem personagem Rafael busca responder estas questões mergulhando no mar e nos seus pensamentos. A trama envolvente, conta a história única do protagonista que realiza um grande feito e por opção não conta nada a ninguém.

O livro busca uma cumplicidade - “Percebi que havia algo mais por trás de tudo. Um medo maior. O medo de não ser bom o suficiente para transformar a realidade, de ser o senhor do meu destino. O medo de não estar à altura para merecer o grande prêmio. O medo de ter esperança, de realmente acreditar que os sonhos podem acontecer. Definitivamente, a verdadeira causa de ter perdido, ou nunca ter ganhado, a minha Andréa foi ter sucumbido ao medo mais nocivo à felicidade: o medo de sonhar.”

Há um predador terrível que habita nossa mente, alimenta-se de nossas fraquezas e nos impede de alcançar nossos sonhos. O nome dele é medo, e não há fórmulas para combatê-lo. Mas Rafael, um jovem abatido pelas tristezas inevitáveis da vida, agarra seu instante de iluminação, vivido em uma situação de extremo perigo durante um mergulho em alto-mar, e descobre os passos que deve trilhar para vencer esse inimigo íntimo.

Em O limite, a cada página, o leitor se identifica com os sentimentos de Rafael, alguém capaz de transformar erros e arrependimentos em lições de vida, num romance inspirador para todos aqueles que desejam transcender e encontrar a própria verdade.

O AUTOR
Paulo Rufino é natural da cidade do Rio de Janeiro. Ex-mergulhador, ex-praticante de voo livre, estudioso de filosofia e psicologia, é formado em engenharia eletrônica pelo Instituto Militar de Engenharia.

UM LANÇAMENTO