segunda-feira, 24 de maio de 2010

Dia 26 – Aparecimento de Sri Nrisimhadeva


Dia 26 – Aparecimento de Sri Nrisimhadeva






Orações Selecionadas de Prahlada Maharaja ao Senhor Nrisimhadeva
Srimad-Bhagavatam, Canto 7, Capítulo 9






Prahlada Maharaja

Ó pessoa grandiosa, ó Senhor Supremo, devido ao contato com circunstâncias agradáveis e desagradáveis e devido ao fato de ter que se separar delas, todos são postos em condições das mais deplorá­veis, vivendo em planetas celestiais ou infernais, como se estivessem ardendo num fogo de lamentação. Embora haja muitos remédios que ajudem alguém a escapar da vida miserável, todos esses remé­dios encontrados no mundo material são mais miseráveis do que as próprias misérias. Portanto, creio que o único remédio é ficar ocupado em Vosso serviço. Por favor, instruí-me nesse serviço. 9-17



Meu Senhor Nrisimhadeva, ó Supremo, devido ao conceito de vida corpórea, as almas corporificadas, desamparadas por Vós, nada podem fazer em prol de sua melhora. Todos os remédios que venham a aceitar, embora talvez produzam benefícios temporários, decerto são impermanentes. Por exemplo, o pai e a mãe não podem prote­ger o filho; o médico e o remédio não podem aliviar o sofrimento do paciente; e o barco no oceano não pode proteger um homem que se afoga. 9-19



Meu querido Senhor, agora conheço sobejamente o que vêm a ser opulência mundana, poderes místicos, longevidade e outros pra­zeres materiais desfrutados por todas as entidades vivas, desde o Senhor Brahma até a formiga. Como o tempo poderoso, destruís todos eles. Portanto, devido à minha experiência, não desejo possuí­los. Meu querido Senhor, peço-Vos que me coloqueis em contato com Vosso devoto puro e permiti que eu o sirva como um servo sin­cero. 9-24



Neste mundo material, toda entidade viva deseja alguma felicidade futura, que é exatamente como uma miragem no deserto. Onde encontrar água num deserto, ou, em outras palavras, onde encon­trar felicidade neste mundo material? Quanto a este corpo, qual o seu valor? Ele é mera fonte de várias doenças. Os supostos filóso­fos, cientistas e políticos sabem disto muito bem, entretanto, aspiram à felicidade temporária. A felicidade é muito difícil de ser obtida, porém, como são incapazes de controlar os sentidos, eles buscam a aparente felicidade material e nunca chegam à conclusão correta. 9-25



Meu querido Senhor, ó Suprema Personalidade de Deus, devido à minha associação com sucessivos desejos materiais, eu estava pouco a pouco caindo num poço camuflado, cheio de serpentes, seguindo o populacho. Mas Vosso servo, Narada Muni, bondosamente acei­tou-me como discípulo e instruiu-me sobre como alcançar esta po­sição transcendental. Portanto, meu primeiro dever é servi-lo. Como poderia eu deixar de servi-lo? 9-28



Meu querido Senhor, sozinho, Vós Vos apresentais sob a forma de toda a manifestação cósmica, pois existíeis antes da criação, existis após a aniquilação, e sois o mantenedor desde o começo até o fim. Tudo isso é levado a efeito por Vossa energia externa através das reações dos três modos da natureza material. Portanto, tudo o que existe — externa e internamente — é apenas Vossa pessoa. 9-30



Meu querido Senhor dos planetas Vaikuntha, onde não há ansiedade, minha mente é muitíssimo pecaminosa e luxuriosa, às vezes, aparentando ser feliz, e, outras vezes, infeliz. Minha mente está re­pleta de lamentação e medo, e sempre busca mais e mais dinheiro. Portanto, ela tornou-se muito contaminada e nunca fica satisfeita com tópicos referentes a Vós. Por conseguinte, sou muito pobre e caído. Nesta condição em que vivo, como serei capaz de comentar Vossas atividades? 9-39



Ó melhor das grandes personalidades, não temo nem um pouquinho a existência material, pois, em qualquer lugar onde eu per­maneça, estarei plenamente absorto em pensar em Vossas gloriosas atividades. Fico preocupado apenas com os tolos e patifes que andam às voltas com planos elaborados, através dos quais procuram obter felicidade material e manter suas famílias, sociedades e países. Estou preocupado com eles porque lhes quero bem. 9-43



Meu querido Senhor Nrisimhadeva, vejo que, na verdade, existem muitas pessoas santas, mas elas estão interessadas unicamente em sua própria liberação. Não se preocupando com as grandes ci­dades e províncias, elas, sob voto de silêncio [mauna-vrata], vão aos Himalaias ou às florestas para meditar. Elas não estão interessadas em libertar os outros. Quanto a mim, entretanto, não quero me li­bertar sozinho e deixar de lado todos esses pobres tolos e patifes. Sei que, sem consciência de Krishna, sem refugiar-se nos Vossos pés de lótus, ninguém pode ser feliz. Portanto, desejo trazer todos de volta ao refúgio de Vossos pés de lótus. 9-44



* jejum até o pôr do sol

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