quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O ORÁCULO DOS DEUSES, HERÓIS E TITÂS DA MITOLOGIA GREGA de Carisa Mellado (Autora), Michele-lee Phelan (Ilustradora)




O ORÁCULO DOS DEUSES, HERÓIS E TITÂS DA MITOLOGIA GREGA

de Carisa Mellado (Autora), Michele-lee Phelan (Ilustradora)



Tipo de Capa: Capa dura
Edição: 1ª edição - 09/2012


Número de Páginas: 128 -45 cards 



Os mitos gregos são as histórias da humanidade. Eles são o reflexo da natureza humana e os ciclos humanos e é através dessas histórias que podem vir a entender melhor a nós mesmos.
 O ORÁCULO DOS DEUSES, HERÓIS E TITÂS DA MITOLOGIA GREGA (Mythic A Oracle) traz estas histórias intemporais e símbolos para o mundo moderno, proporcionando-lhe uma ferramenta que você pode usar diariamente a suavemente guiá-lo através dos ciclos de vida em matéria de amor, a carreira de conscientização criatividade, família, espiritualidade e pessoal, o que lhe permite mover-se através de desafios da vida com maior clareza, consciência e vontade, para que você possa viver uma vida clara, focada e cumprir .
Ricamente ilustrado, o  O ORÁCULO DOS DEUSES, HERÓIS E TITÂS DA MITOLOGIA GREGA (Oracle Mythic) vai lhe dar uma visão mais detalhada sobre o que está acontecendo em sua vida, o que é necessário eo que vem a seguir. O livro apresenta uma descrição dos mitos, suas interpretações divinatórias e uma gama de opções no cartão que lhe permitirá fornecer leituras precisas a si mesmo e aos outros.
Ele proporciona uma visão mais clara do que está acontecendo na sua vida no momento e lhe dá instruções fáceis sobre como enfrentar os desafios e experiências novas com que nos deparamos todos os dias.









A AUTORA


Carisa Mellado
Carisa Mellado é uma talentosa escritora australiana que dedicou mais de uma década da sua vida estudando muitos aspectos do campo da Mente, do Corpo e do Espírito, e também trabalhou durante muitos anos como uma bem-sucedida taróloga profissional. Ela tem um grande interesse pela psicologia e pelas tradições espirituais do mundo todo, e é especialista em Mitologia. Carisa também é musicista e compositora. Além de ter seus próprios projetos musicais, foi convidada a participar da composição de muitas trilhas musicais e CDs de meditação. 







 

UM LANÇAMENTO





Confrontos Decisivo de Kerry Patterson, Joseph Grenny, Ron McMillan e Al Switzler




Confrontos Decisivo

de Kerry Patterson, Joseph Grenny, Ron McMillan e Al Switzler


Número de páginas: 296




" FERRAMENTAS PRÁTICAS E DIRETAS PARA A RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DIFÍCEIS

Por trás dos problemas que atormentam rotineiramente famílias, equipes e empresas, estão pessoas que não conseguem, ou não querem, lidar com promessas não cumpridas, regras violadas ou comportamentos inadequados.

Resultado de 20 anos de pesquisas envolvendo 25 mil entrevistados e 20 mil horas de observação, as pesquisas dos autores de Confrontos decisivos - Solucione problemas difíceis e melhore definitivamente seu desempenho nos relacionamentos pessoais e no trabalho, mostram que a falta de solução desses confrontos não é apenas irritante e desgastante, mas também custa muito caro, piorando o desempenho das organizações e sendo responsável pela maioria dos problemas interpessoais.

Quando você aprende a lidar com seus próprios confrontos decisivos, um novo horizonte de oportunidades se abre." 



O que você faz quando outras pessoas não fazem seu trabalho como deveriam? E quando alguém deixa de cumprir uma promessa? Como você conversa com alguém insubordinado? Você tem coragem de dizer a um superior que ele está errado? É certo dizer para as pessoas aquilo que você pensa? Ficar calado é uma boa opção numa discussão?

Essas e outras perguntas são respondidas em “Confrontos Decisivos” dos renomados consultores Kerry Patterson, Joseph Grenny, Ron McMillan e Al Switzler – autores do livro “Conversas Decisivas”, publicado em 2010 pela Lua de Papel. Esta nova obra – lançamento de setembro da editora LeYa – explica qual deve ser a postura de um líder, seja na empresa, na escola ou na família, e como enfrentar situações de confronto com sensatez e eficácia.

Confrontar significa atribuir responsabilidades a alguém, sem intermediários. Quando os confrontos são tratados de modo correto, as duas partes conversam de forma aberta, honesta, franca e respeitosa. Desse modo: os problemas são solucionados e os relacionamentos melhoram.

Geralmente os confrontos estão ligados às decepções - promessas não cumpridas, violações de conduta e regras, divergência de ideias, insubordinação e desrespeito – e podem acarretar nas mais diversas reações, desde a indiferença e o silêncio até a violência verbal e física. Para saber como identificar um confronto crucial e argumentar da melhor maneira possível é preciso primeiro identificar qual é o verdadeiro problema.

“Confrontos decisivos” é fruto de mais de 20 anos de pesquisas em diferentes empresas e famílias, que demonstraram que a falta de solução desses confrontos não é apenas irritante e desgastante, mas também custa muito caro, piorando o desempenho das organizações e sendo responsável pela maioria dos problemas interpessoais – entre eles o divórcio.

Com dicas práticas, testes e relatos reais de mais de 25 mil entrevistados, “Confrontos Decisivos” mostra passo a passo como conduzir um debate sem medo de expressar suas opiniões e evitando ofender o seu ouvinte. Quando você aprende a lidar com os problemas de frente, o sucesso é sua recompensa.

A CRITICA
“As ideias revolucionárias deste livro demonstram como os momentos de crise são, de fato, oportunidades para mudanças radicais.” – Stephen R. Covey, autor de Os 7 hábitos de pessoas altamente eficazes

“Este livro é valioso: permite aplicação prática imediata. Leia-o, sublinhe-o, aprenda a partir dele. É uma preciosidade.” – Mike Murray, ex-vice-presidente de recursos humanos da Microsoft

“Confrontos cruciais expõe não só a necessidade de responsabilização, como também passos práticos para se obter isso. Além de ‘soluções’ conceituais, o livro fornece técnicas e abordagens simples que qualquer pessoa pode utilizar.” – Paul McKinnon, vice-presidente sênior de recursos humanos da Dell, Inc.

OS AUTORES


Kerry Patterson prestou consultorias para centenas de grandes empresas usando seu premiado programa de treinamento e desenvolvimento organizacional.

Joseph Grenny tem vinte anos de experiência orientando líderes corporativos e governamentais de todo o mundo na arte da comunicação.

Ron McMillan é palestrante e consultor renomado. Fundou e foi vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento do Covey Leadership Center.

Al Switzler pertence ao corpo docente do Executive Development Center, da Universidade de Michigan.

Os quatro escreveram em parceria o best-seller Crucial Conversations: Tools for Talking When the Stakes Are High (2002). Também criaram a VitalSmarts e treinaram mais de 500 mil pessoas em todo o mundo. Eles vivem na região metropolitana de Salt Lake City.




LANÇAMENTO DA











Prabhupada Conversa sobre Platão










O fundador do Movimento Hare Krsna discute divisões sociais e educação, bem como o objetivo destes.
Discípulo: Em A República, a principal obra de Platão sobre teoria política, Platão escreveu que a sociedade pode gozar de prosperidade e harmonia unicamente caso ordene as pessoas em categorias ou classes de trabalho de acordo com suas habilidades naturais. Ele considerava que as pessoas deveriam encontrar suas habilidades naturais e usar essas habilidades em sua máxima capacidade – como administradores, militares ou artesãos. E o mais importante, o chefe de Estado não deveria ser um homem medíocre ou médio, senão que a sociedade deveria ser liderada por um homem muito sábio e bom – um “rei filósofo” – ou um grupo de homens muito sábios e bons.
Srila Prabhupada: Esta ideia parece ser tirada do Bhagavad-gita, onde Krsna diz que a sociedade ideal possui quatro divisões: brahmanas, ksatriyas, vaisyas e sudras. Essas divisões acontecem pela influência dos modos da natureza. Todos, tanto na sociedade humana como na sociedade animal, são influenciados pelos modos da natureza material [sattva-guna, rajo-guna e tamo-guna, ou bondade, paixão e ignorância]. Classificando cientificamente os homens de acordo com essas qualidades, a sociedade pode se tornar perfeita. Caso, entretanto, coloquemos um homem no modo da ignorância no posto de filósofo, ou coloquemos um filósofo para trabalhar como um trabalhador comum, grande caos resultará.
No Bhagavad-gita, Krsna diz que os brahmanas – os homens mais inteligentes, que estão interessados em conhecimento transcendental e filosofia – deveriam receber os postos mais elevados, e, sob suas instruções, os ksatriyas deveriam trabalhar. Os administradores devem certificar-se de que há lei e ordem e que todos estão cumprindo seu dever. A próxima seção é a classe produtiva, os vaisyas, que se ocupam em agricultura e proteção às vacas. E, finalmente, há os sudras, os trabalhadores comuns que ajudam as outras seções. Isto é a civilização védica: pessoas vivendo de maneira simples com base na agricultura e na proteção às vacas. Se você tem leite, grãos, frutas e legumes o suficiente, você pode viver muito bem.
O Srimad-Bhagavatam compara as quatro divisões da sociedade às diferentes partes do corpo – a cabeça, os braços, a barriga e as pernas. Assim como todas as partes do corpo cooperam para manter o corpo bem; no Estado ideal, todas as seções da sociedade cooperam sob a liderança dos brahmanas. Comparativamente, a cabeça é a parte mais importante do corpo, uma vez que fornece direções às outras partes. De modo semelhante, o Estado ideal funciona sob as diretrizes dos brahmanas, que não estão pessoalmente interessados em assuntos políticos ou administrativos em virtude de terem um dever mais elevado. No momento presente, este movimento da consciência de Krsna está treinando brahmanas. Se os administradores aceitarem o nosso aconselhamento e conduzirem o Estado de maneira consciente de Krsna, haverá uma sociedade ideal ao longo do mundo.
Discípulo: Como a sociedade moderna difere da sociedade védica ideal?
Srila Prabhupada: Agora, há uma industrialização em larga escala, que significa a exploração de uma pessoa por parte de outra. Semelhante indústria era desconhecida na civilização védica – era desnecessária. Ademais, a civilização moderna adotou a matança de animais para alimentação, o que é incivilizado – não é sequer humano.
Na civilização védica, quando uma pessoa era inapta para reger, ela era deposta. Por exemplo, o rei Vena mostrou-se um rei inapto. Ele estava interessado simplesmente em caçar. É claro que os ksatriyas eram autorizados a caçar, mas não caprichosamente. Eles não são autorizados a matar muitas aves e bestas desnecessariamente, como o rei Vena estava fazendo e como fazem as pessoas hoje. Naquele tempo, os inteligentes brahmanas objetaram e imediatamente o mataram com uma maldição. Antigamente, os brahmanas tinham tanto poder que podiam matar simplesmente amaldiçoando; armas não eram necessárias.
Atualmente, a sociedade é como um corpo morto, porque falta a cabeça do corpo social. A cabeça é muito importante, e o nosso movimento da consciência de Krsna está tentando criar alguns brahmanas que formarão a cabeça da sociedade. Os administradores, então, serão capazes de reger muito bem sob as instruções dos filósofos e teólogos, isto é, sob as instruções das pessoas conscientes de Deus. Um brahmana consciente de Deus jamais aconselha a abertura de matadouros. Agora, todavia, os muitos patifes a conduzirem o governo autorizam o abate de animais. Quando Maharaja Pariksit viu um homem degradado tentando matar uma vaca, ele imediatamente desembainhou sua espada e disse: “Quem és tu? Por que estás tentando matar esta vaca?”. Ele era verdadeiramente rei. Hoje em dia, homens desqualificados assumem o posto presidencial. E, embora eles talvez se façam passar por muito religiosos, são simplesmente patifes. Por quê? Porque, debaixo de seus narizes, milhares de vacas estão sendo mortas enquanto recebem bons salários. Qualquer líder que seja em algo religioso deve renunciar seu posto em protesto caso o abate de vacas prossiga pelo seu governo. Dado que as pessoas não sabem que esses administradores são patifes, elas estão sofrendo. E as pessoas também são patifes porque estão votando nesses patifes maiores. A visão de Platão é que o governo deve ser ideal, e isto é o ideal: os filósofos santos devem ficar no topo do Estado; segundo o aconselhamento deles, os políticos devem governar; sob a proteção dos políticos, a classe produtiva deve proteger as vacas e providenciar as necessidades da vida; e a classe trabalhadora deve auxiliar. Esta é a divisão científica da sociedade advogada por Krsna no Bhagavad-gita (4.13), catur-varnyam maya srstam guna-karma-vibhagasah: “De acordo com os três modos da natureza material e o trabalho atribuído a eles, as quatro divisões da sociedade humana foram criadas por Mim”.


Discípulo: Platão também observou divisões sociais. Ele, contudo, defendeu três divisões. Uma classe consistia nos guardiões, homens de sabedoria que governavam a sociedade. Outra classe consistia nos guerreiros, que eram corajosos e que protegiam o resto da sociedade. E a terceira classe consistia nos artesãos, que realizavam seus serviços de maneira obediente e trabalhavam apenas para satisfazerem seus desejos.
Srila Prabhupada: Sim, a sociedade humana possui essa divisão tríplice também. O homem de primeira classe está no modo da bondade, o homem de segunda classe está no modo da paixão, e o homem de terceira classe está no modo da ignorância.
Discípulo: O entendimento da ordem social por parte de Platão baseava-se em sua observação de que o homem possui uma divisão tríplice de inteligência, coragem e desejo. Ele disse que a alma possui essas três qualidades.
Srila Prabhupada: Isso é um equívoco. A alma não possui nenhuma qualidade material. A alma é pura, mas, por causa de seu contato com as diferentes qualidades da natureza material, ela está “vestida” em vários corpos. Este movimento da consciência de Krsna visa remover essa veste material. A nossa primeira instrução é: “Você não é este corpo”. Parece que, em seu entendimento prático, Platão identificou a alma com a veste corpórea, e isso não demonstra uma inteligência muito boa.
Discípulo: Platão acreditava que a posição do homem é marginal – entre a matéria e o espírito –, razão pela qual enfatizava o desenvolvimento do corpo. Ele ensinava que todos deveriam ser educados desde a infância, e que parte dessa educação deveria ser a ginástica, para manter o corpo em forma.
Srila Prabhupada: Isso significa que, na prática, Platão identificou muito fortemente o eu como o corpo. Qual era a ideia que Platão tinha de educação?
Discípulo: Despertar o estudante para sua posição natural: quaisquer que sejam suas habilidades ou talentos naturais.
Srila Prabhupada: E o que é essa posição natural?
Discípulo: A posição da bondade moral. Em outras palavras, Platão julgava que todos deveriam ser educados para trabalhar da maneira que melhor se adequasse ao despertar de sua bondade moral natural.
Srila Prabhupada: Mas bondade moral não é o bastante, porque mera moralidade não satisfará a alma. É preciso ir além da moralidade – ir à consciência de Krsna. Neste mundo, é claro, a moralidade é tida como o princípio mais elevado, mas existe outra plataforma, que se chama plataforma transcendental, ou plataforma vasudeva. A perfeição mais elevada do homem está em tal plataforma, o que é confirmado no Srimad-Bhagavatam. Porém, como os filósofos não têm informação da plataforma vasudeva, consideram o modo material da bondade como sendo a perfeição mais elevada e a meta da moralidade. Neste mundo, entretanto, mesmo a bondade moral é afetada pelos modos inferiores da ignorância e da paixão. Não é possível encontrar bondade pura, suddha-sattva, neste mundo material, porque a bondade pura é a plataforma transcendental. Para chegar à plataforma de bondade pura, que é a ideal, a pessoa tem que se submeter a austeridades, tapasa brahmacaryena samena ca damena ca. A pessoa tem que praticar o celibato e controlar a mente e os sentidos. Se o indivíduo possui dinheiro, ele deve distribuí-lo em caridade. Ademais, ele também deve ser muito limpo. O indivíduo, deste modo, pode elevar-se à plataforma da bondade pura.
Para se chegar à plataforma da bondade pura, existe outro processo, o qual é a consciência de Krsna. Se o sujeito se torna consciente de Krsna, todas as boas qualidades automaticamente se desenvolvem nele. Automaticamente ele conduz uma vida de celibato, controla sua mente e seus sentidos, e possui uma disposição caridosa. Nesta era de Kali, inexiste a possibilidade das pessoas serem treinadas a se ocupar em austeridade. Antigamente, um brahmacari se submetia a austero treinamento. Muito embora ele pudesse ser de uma família real ou erudita, o brahmacari se humildava e servia o mestre espiritual como um criado servil. Ele imediatamente fazia o que quer que o mestre espiritual ordenasse. O brahmacari mendigava de porta em porta e levava as esmolas para o mestre espiritual, não exigindo nada para si. O que quer que ele ganhasse, ele dava ao mestre espiritual, porque o mestre espiritual não arruinava o dinheiro gastando-o na gratificação sensorial – ele usava-o para Krsna. Isso é austeridade. O brahmacari também observava celibato, e, porque ele seguia as direções do mestre espiritual, sua mente e seus sentidos eram controlados.
Hoje, no entanto, essa austeridade é muito difícil de ser seguida, em virtude do que Sri Caitanya Mahaprabhu forneceu o processo de adoção direta da consciência de Krsna. Nesse caso, a pessoa precisa simplesmente cantar Hare Krsna, Hare Krsna, Krsna Krsna, Hare Hare/ Hare Rama, Hare Rama, Rama Rama, Hare Hare e seguir os princípios reguladores dados pelo mestre espiritual. O sujeito, então, imediatamente ascende à plataforma da bondade pura.

Discípulo: Platão considerava que o Estado deveria treinar os cidadãos para serem virtuosos. Seu sistema de educação era o seguinte: Pelos três primeiros anos de vida, a criança deveria brincar e fortalecer o seu corpo. Dos três aos seis anos, a criança deveria aprender histórias religiosas. Dos sete aos dez, ela deveria aprender ginástica; dos dez aos treze, ler e escrever; dos quatorze aos dezesseis, poesia e música; dos dezesseis aos dezoito, matemática. Então, dos dezoito aos vinte, o indivíduo se submetia ao treinamento militar. Dos vinte aos vinte e cinco anos, aqueles que fossem científicos e filosóficos deveriam permanecer na escola e continuar aprendendo, e os guerreiros deveriam se ocupar em exercícios militares.
Srila Prabhupada: Esse programa educacional é para todos os homens ou há diferentes tipos de educação para diferentes homens?
Discípulo: Não, isto é para todos.
Srila Prabhupada: Isso não é muito bom. Se um garoto é inteligente e inclinado a filosofia e teologia, por que ele deveria ser forçado a se submeter a treinamentos militares?
Discípulo: Bem, Platão disse que todos devem se submeter a dois anos de treinamento militar.
Srila Prabhupada: Mas por que alguém deveria desperdiçar dois anos de sua vida? Ninguém deve desperdiçar sequer dois dias. Isto é disparate – ideias imperfeitas.
Discípulo: Platão disse que esse tipo de educação revela a que categoria uma pessoa pertence. Ele tinha sim a ideia correta de que o indivíduo pertence a uma classe em particular de acordo com sua qualificação.
Srila Prabhupada: Sim, isso nós também dizemos, mas discordamos que todos devam passar pelo mesmo treinamento. O mestre espiritual deve avaliar a tendência ou disposição do aluno no começo de sua educação. Ele deve ser capaz de ver se o garoto se adequa ao treinamento militar, à administração ou à filosofia e, então, ele deve treinar o garoto completamente de acordo com sua tendência particular. Se alguém é naturalmente inclinado ao estudo filosófico, por que ele deveria desperdiçar seu tempo no exército? E se alguém é naturalmente inclinado ao treinamento militar, por que ele deveria perder seu tempo com outras coisas? Arjuna pertencia a uma família ksatriya. Ele e seus irmãos jamais foram treinados como filósofos. Dronacarya era mestre e professor deles e, embora fosse brahmana, ensinou-lhes dhanurveda, não brahma-vidya. Brahma-vidya é filosofia teísta. Ninguém deve ser treinado em tudo; isso é perda de tempo. Se alguém é inclinado à produção, negócios ou agricultura, deve ser treinado nessas esferas. Se alguém é filosófico, deve ser treinado como filósofo. Se alguém é militarista, deve ser treinado como um guerreiro. E se alguém possui habilidades ordinárias, deve ser treinado como sudra, ou trabalhador. Isso é declarado por Narada Muni no Srimad-Bhagavatam: yasya yal-laksanam proktam. As quatro classes da sociedade são reconhecidas por seus sintomas e qualificações. Narada Muni também diz que a pessoa deve ser selecionada para treinamento de acordo com suas qualificações. Mesmo se nasce em uma família brahmana, o indivíduo deve ser considerado sudra caso suas qualificações sejam de sudra. E, se alguém nasce em uma família sudra, ele deve ser aceito como brahmana caso seus sintomas sejam bramânicos. O mestre espiritual deve ser perito o bastante para reconhecer as tendências do estudante e imediatamente o treinar nessa linha. Isso é educação perfeita.
Discípulo: Platão acreditava que a tendência natural do estudante não viria à tona a menos que ele praticasse tudo.
Srila Prabhupada: Não, isso é errôneo, porque a alma é contínua, e, portanto, todos têm alguma tendência de seu nascimento anterior. Acredito que Platão não tenha compreendido essa continuidade da alma de corpo a corpo. Segundo a cultura védica, imediatamente após o nascimento de um garoto, os astrólogos calculavam a que categoria ele pertencia. A astrologia pode ajudar caso haja um astrólogo de primeira classe. Semelhante astrólogo pode dizer de que linha o garoto está vindo e como ele deve ser treinado. O método educacional de Platão era imperfeito porque era baseado em especulação.
Discípulo: Platão observou que uma combinação particular dos três modos da natureza está agindo em cada indivíduo.
Srila Prabhupada: Por que, então, ele diz que todos devem ser treinados da mesma maneira?
Discípulo: Porque ele alegava que as habilidades naturais da pessoa não se manifestarão a não ser que ela receba a chance de experimentar tudo. Ele observou que algumas pessoas ouvem primeiramente à sua inteligência, e ele disse que eles são governados pela cabeça. Ele observou que algumas pessoas têm uma disposição agressiva, e ele disse que esses tipos corajosos são governados pelo coração – pela paixão. E ele viu que algumas pessoas, que são inferiores, querem apenas satisfazer suas apetências. Ele disse que essas pessoas são animalescas, e ele acreditava que eram governadas pelo fígado.
Srila Prabhupada: Isso não é uma descrição perfeita. Todos possuem um fígado, um coração e todos os membros corpóreos. Se a pessoa está no modo da bondade, da paixão ou da ignorância depende de seu treinamento e das qualidades que adquiriu durante sua vida anterior. Segundo o processo védico, o indivíduo, no nascimento, recebe imediatamente uma classificação. Sintomas psicológicos e físicos são considerados, e, em geral, apura-se a partir do nascimento que a criança tem uma tendência particular. Essa tendência, no entanto, pode mudar de acordo com as circunstâncias, e, se a pessoa não preenche o papel designado a si, ela pode ser transferida para outra classe. Alguém talvez tenha recebido treinamento bramânico em uma vida anterior, e ele talvez exiba sintomas bramânicos nesta vida, mas o indivíduo não deve pensar que, porque nasceu em uma família brahmana, ele automaticamente é brahmana. A pessoa pode ter nascido em uma família brahmana e ser sudra. Não é uma questão de nascimento, mas de qualificação.
Discípulo: Platão também acreditava que a pessoa tem que se qualificar para o seu posto. O sistema de governo dele era bastante democrático. Ele julgava que todos deveriam receber a chance de ocupar os diferentes postos.
Srila Prabhupada: Na verdade, nós somos os mais democráticos, porque nós estamos dando a todos a chance de se tornarem brahmanas de primeira classe. O movimento da consciência de Krsna está dando mesmo ao membro mais baixo da sociedade a chance de se tornar um brahmana tornando-se consciente de Krsna. Candalo ’pi dvija-srestho hari-bhakti-parayanah: Embora talvez nascido em uma família de candalas, tão logo o sujeito se torna consciente de Deus, consciente de Krsna, ele pode se elevar à posição mais elevada. Krsna diz que todos podem voltar ao lar, voltar ao Supremo. Samo ’ham sarva-bhutesu: “Sou igual para com todos. Todos podem vir a Mim. Não há impedimento”.
Discípulo: Qual é o propósito das ordens sociais e do governo estatal?
Srila Prabhupada: O propósito último é tornar todos conscientes de Krsna. Essa é a perfeição da vida, e toda a estrutura social deve ser moldada com essa meta em vista. É claro que nem todos podem se tornar inteiramente conscientes de Krsna em uma vida, assim como nem todos os alunos em uma universidade podem obter o título de doutor em uma tentativa. A ideia de perfeição, entretanto, é passar na prova do doutorado, e, portanto, os cursos de doutorado devem ser mantidos. Similarmente, uma instituição como este movimento da consciência de Krsna deve ser mantido a fim de que ao menos algumas pessoas possam alcançar a meta última e a fim de que todos possam se aproximar da meta última: a consciência de Krsna.
Discípulo: A meta do governo estatal, portanto, é ajudar que todos se tornem conscientes de Krsna?
Srila Prabhupada: Sim, a consciência de Krsna é a meta mais elevada. Portanto, todos devem ajudar este movimento e tirar proveito dele. Independente de seu trabalho, todos podem vir ao templo. As instruções são para todos, e a prasada é distribuída a todos. Portanto, não há dificuldade. Todos podem contribuir para este movimento da consciência de Krsna. Os brahmanas podem contribuir com sua inteligência, os ksatriyas com sua caridade, os vaisyas com seus grãos, leite, frutas e flores, e os sudras com seu serviço corpóreo. Mediante esse esforço coletivo, todos podem alcançar a mesma meta: a consciência de Krsna, a perfeição da vida.


Discípulo: Em uma alegoria muito famosa em A República, Platão descreve representantes da humanidade presos em uma caverna escura e capazes de ver apenas sombras projetadas pela luz de uma fogueira. Uma pessoa se liberta e vê o mundo externo, e essa pessoa retorna para a caverna para dizer às pessoas lá que elas estão vivendo na escuridão. Os residentes da caverna, porém, consideram-no louco.
Srila Prabhupada: Essa história é como a nossa história do Dr. Sapo. Ele jamais havia saído de seu poço escuro, logo ele pensava: “Aqui está tudo”. Quando ele foi informado acerca da existência do vasto oceano Atlântico, ele não pôde conceber um corpo d’água tão extenso.
Similarmente, aqueles que estão no poço escuro deste mundo material não podem conceber a luz exterior, no mundo espiritual. Mas esse mundo é um fato. Suponha que alguém tenha caído em um poço e esteja gritando: “Caí neste poço! Por favor, salvem-me!”. Então, um homem de fora do poço solta uma corda e diz: “Apenas pegue esta corda e eu trarei você para fora!”. Mas não, o homem caído não tem fé no homem de fora e não pega a corda. Similarmente, estamos dizendo a todos no mundo material: “Vocês estão sofrendo. Apenas adotem esta consciência de Krsna e todos os seus sofrimentos serão aliviados”. Infelizmente, as pessoas se recusam a segurar a corda, ou elas sequer admitem que estão sofrendo.
No entanto, aquele que for afortunado segurará a corda da consciência de Krsna, após o que o mestre espiritual o ajudará a sair deste escuro mundo de sofrimento e o levará ao feliz e iluminado mundo da consciência de Krsna.
Leia no Blog a conversa Srila Prabhupada Conversa sobre Carl Jung. (clique aqui)

Do Blog Volta ao Supremo da BBT Brasil. Leia outros artigos em www.voltaaosupremobr.wordpress.com.

sábado, 6 de outubro de 2012

SONS DA ÍNDIA TOUR BRASIL 2012








Um dos maiores percucionistas do sudeste da Índia pela primeira vez no Brasil. Deva Dharma é dono de um talento musical de arrancar aplausos e sua voz nos transporta para um universo repleto de espiritualidade e devoção pelo que faz.

ACOMPANHE O CIRCUITO do SONS DA ÍNDIA no BRASIL

GUARULHOS SP
DIA 18 OUT as 20h
ANFITEATRO PEDRO DIAS GONÇALVES
RUA JOÃO GONÇALVES, 439 CENTRO 
* Troque seu ingresso por alimento não perecível
Ligue para: 2408 3725 STUDIO MARIA LOKA (Posto de Arrecadação) e saiba quais alimentos doar

SÃO PAULO SP
DIA 19 OUT as 20h
CENTRO CULTURAL DA ÍNDIA
ALAMEDA SARUTAIA, 380 JARDINS
ENTRADA FRANCA (limite de 100 lugares)

PINDAMONHANGABA SP
DIA 20 OUT as 20h
CENTRO CULTURAL ACHARYADEVA
RUA FRANCISCO PIORINO, 107 CENTRO
INGRESSOS a R$20 reais
Ponto de venda (LANCHONETE JAY PRASADA no SHOPPING do centro)
INFORMAÇÕES - 

SAO JOSÉ DOS CAMPOS
dia 25 OUT as 19:30h
ESPAÇO de CULTURA INDIANA
Rua General Osório, 48 Vila Ema
INGRESSOS a R$25
INGRESSOS DISPONIVEIS no RESTAURANTE KRSNA (FONE: 12 3911 3784)

CURITIBA
dia 23 OUT as 21h
GANDIVA YOGA ASHRAM
Rua Barão de Guaraúna, 673, Juvevê
INGRESSOS a R$25 reais
INGRESSOS DISPONÍVEIS no LOCAL
Fone 41 3039-1519

RIO DE JANEIRO
dia 26 OUT as 19:30h
CENTRO CULTURAL GOVINDA
Rua Rodrigo Silva, 6 3º and Centro
INGRESSOS A R$30 reais
RESERVE JÁ O SEU!
Fone: 3549 9108

BELO HORIZONTE
01 NOV as 20h
CONSERVATÓRIO da UFMG
INGRESSOS a R$30 (inteira) e R$15 (meia)
Posto de venda - Templo Hare Krishna de BH
Informações - 31 8482 0392 

RECIFE
dia 09 NOV as 19:30h
AUDITÓRIO J da UNICAP (Rua da Soledade)
INGRESSOS a R$30 (inteira) e R$15 (meia)
INGRESSOS ANTECIPADOS  no RESTAURANTE GOVINDA (Fone: 3221 4202)
INFORMACÕES: 81 9696 0182 ou  81 9755 3279
 
REALIZAÇÃO
ASSOCIACAO FESTIVAL DA INDIA
 
Informações: Vaikuntha Murti Das, 11 99863 6551, vaikmurti@hotmail.com


terça-feira, 2 de outubro de 2012

A Busca pela Bem-Aventurança Eterna



A Busca pela Bem-Aventurança Eterna

Bhakti-tirtha Swami



A superação de conceitos niilistas e monistas até a teologia das cinco disposições de serviço devocional.



            Um ponto chave enfatizado em escrituras de diferentes caminhos é o desenvolvimento de nossa relação com Deus. Infelizmente, as pessoas frequentemente têm informação limitada sobre o objeto de seu amor – o que Deus gosta e não gosta, Suas atividades, Sua morada – e como se conectar com o Senhor. Existe disponível muita e detalhada informação sobre esses tópicos, e nós iremos compartilhar um pouco dela nesta discussão. Fique bem atento; serão expostas certas coisas que irão emergir posteriormente em sua consciência, nos momentos em que forem mais necessárias.



Quatro Caminhos Universais



            Como nos conectamos com a meta suprema? Que caminho nos levará de volta ao lar? Para começar, todos os caminhos caem em quatro categorias filosóficas: materialismo, niilismo, impersonalismo e personalismo. É importante manter em mente essas quatro escolas de pensamento conforme examinamos o que está dentro do universo material, o que está fora do universo material, e o que está no reino espiritual.



            A filosofia do materialismo é basicamente uma filosofia ateísta. O materialismo sustenta que um ser humano não passa de uma entidade física sem alma. A existência é simplesmente uma questão de estar em diferentes ambientes, que produzem uma personalidade correspondente. A vida é vista como uma questão de simplesmente comer, dormir, procriar e se defender, ou, como declarado por Charles Darwin, sobrevivência dos mais aptos. Essa filosofia produz um egoísmo grosseiro, e se baseia em exploração e manipulação, em vez de uma vida em harmonia com a natureza. Esta é a filosofia ateísta que as forças de opressão adotam e tentam propagar ao redor do mundo.



            Em segundo, há a filosofia do niilismo. De acordo com esta filosofia, o envolvimento material produz ansiedade, relacionamentos materiais trazem dor, e buscas materiais causam estresse, frustração e depressão. Esta ideia está profundamente conectada com a filosofia do budismo, na qual a meta é tentar alcançar o nirvana: liberdade do ego, liberdade de um foco no mundo material e liberdade do bombardeio de interferências sensuais. Esta filosofia nos diz o que a realidade não é, mas tem pouca informação sobre o que a realidade é.



            A terceira filosofia é a do impersonalismo. O impersonalismo nos retira da região material e nos põe na consciência cósmica, ou samadhi. Nesta consciência, as pessoas experimentam a universalidade de toda a criação e sentem certa unidade com Deus, pensando que elas mesmas são Deus. O foco é em se fundir na energia de Deus e se tornar uno com a luz de Deus. A filosofia do impersonalismo tenta abranger todos os elementos materiais básicos, mas explica apenas uma dimensão da Divindade, sendo, portanto, incompleta. Ela mostra como somos unos com Deus, mas negligencia totalmente a explicação de como somos diferentes de Deus, e isto é essencial. É esta diferença que experimentamos, e que prevalece como fundamental para o desenvolvimento espiritual. Se somos diferentes de Deus, então podemos desenvolver uma atitude de serviço a Ele. Do contrário, o serviço amoroso se torna um tanto impossível.



            A filosofia do personalismo reconhece que o materialismo traz dor e confusão, mas que uma pessoa deve superar essas dificuldades e tornar-se livre do bombardeio sensual. A filosofia do personalismo inclui aspectos do materialismo, do niilismo e do impersonalismo. Mas ela vai além. Ela reconhece que há certas atividades que não são materiais.



            Consideremos uma analogia. Um homem tem uma cavidade que está lhe causando dor de dente. Ele não consegue nem mesmo apreciar o cheiro da comida sem que seu dente doa. O materialismo é como um dente dolorido; ele causa muita dor e sofrimento. O homem tenta superar a dor mentalmente e também toma medicação, a qual interrompe a dor por um tempo. Este nível é como o niilismo: apesar de ele estar livre da dor causada pelo dente, seu estado é, na melhor das hipóteses, de neutralidade. Conforme o homem se foca em desfrutar o aroma da comida, ele está num nível parecido com o impersonalismo; ele pode desfrutar da energia da comida. Uma vez que o homem muda de ideia e vai ao dentista e fica curado da dor de dente, não apenas ele pode cheirar a comida, mas pode, de fato, desfrutar de comê-la. Este nível é análogo ao personalismo. A eliminação da causa que gerava seu sofrimento permite a ele ter um relacionamento direto com a comida. Às vezes, quando nos encontramos em uma situação ruim, pensamos que “positivo” significa a eliminação do negativo. No entanto, acabar com nossa situação material negativa é apenas o início. O estágio seguinte é encontrar alguma ocupação espiritual positiva para substituir a atividade material.



Personalismo versus Impersonalismo



            Concepções pessoais automaticamente contêm a compreensão impersonalista e vão além dela. O Senhor Supremo, sendo absoluto, pode existir pessoal e impessoalmente ao mesmo tempo. Existem três energias básicas do Divino: a energia externa, que mantém o universo material; a energia marginal, que é feita das entidades vivas; e a energia interna, que mantém o mundo espiritual. Devido ao nosso condicionamento, tendemos a ver o espiritual como o oposto do material. Para nós, material significa forma, logo espiritual deve significar amorfo. Material significa ativo, logo espiritual significa destituído de atividade. De maneira a alcançarmos uma verdadeira compreensão das atividades no mundo espiritual, devemos deixar essas ideias erradas de lado. Através do amor e da devoção, podemos ultrapassar a abordagem impessoal de Deus após muitas e muitas vidas nesta consciência cósmica. Nós, então, finalmente obtemos uma oportunidade de entrar em contato com as atividades extraordinárias do mundo espiritual.



            O mundo espiritual é nosso habitat natural. Os grandes professores estão constantemente nos falando sobre uma existência além desta que percebemos. Eles estão ansiosos para nos mostrar os meios para recuperarmos este precioso estado que perdemos. Por muitas vidas, a alma tem vagado dentro e fora de muitos ambientes e situações, inconscientemente desesperada por associação espiritual.



            Quando proferimos a oração “Pai nosso que estais no céu, santificado seja o Vosso nome, vem a nós o vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na Terra como no céu”, compreendemos que o mundo material é um reflexo do mundo espiritual. O mundo material é, na verdade, um reflexo pervertido da realidade. No mundo material, temos muitos tipos de interações, mas elas são limitadas, dolorosas e, finalmente, frustrantes. No reino espiritual, nosso relacionamento é com o Senhor, e nossas atividades são sempre novas. Cada segundo no mundo espiritual torna-se um momento de prazer superior.



Há duas divisões principais no reino espiritual. Há o brahmajyoti, o qual às vezes é referido como a luz ou a refulgência, e há os planetas espirituais, onde as diferentes manifestações do Senhor e de Seus devotos residem. Está presente ali o aspecto pessoal de Deus. Alguns de vocês continuam buscando unidade, a luz impessoal, e a oportunidade de se fundirem com o Supremo. Este desejo se deve a certa contaminação material. É a primeira fase que experimentamos conforme começamos a nos conectar com a consciência superior. Conforme experimentamos a unidade cósmica, podemos ficar tão intoxicados e felizes que concluímos falsamente que não existe nada superior. Este é o nosso primeiro grande erro. Essas experiências são prazerosas, mas também são limitadas. Além da consciência cósmica está a oportunidade de intercâmbio pessoal com o Senhor.

            “Liberação” é um termo frequentemente utilizado nas escolas de pensamento impersonalista – liberação do mundo material para tornar-se uno com Deus, ou até mesmo tornar-se Deus. Novamente, nossa meta deve estar além da liberação. Nós devemos ser liberados incontáveis vezes antes de termos uma chance de realmente entrar no reino de Deus. Devemos viajar por muitas vidas e pagar impostos enormes – buscar austeridades, religiosidade e espiritualidade de diversos tipos – para irmos além da plataforma da liberação.



            Há uma fase intermediária de desenvolvimento na qual somos capazes de nos associarmos com uma forma individual de Deus, localizada na região do coração de cada ser vivo; este aspecto de Deus é conhecido como o paramatma. Esta é uma “unidade” superior, que é mais localizada e mais pessoal, um estágio que grandes iogues aspiram alcançar através de suas práticas ióguicas. Nós podemos então avançar espiritualmente em direção à associação suprema última com o Senhor Supremo no mundo espiritual.



            Voltando à analogia da dor de dente, uma vez que o cheiro da comida permeia o nariz de uma pessoa, o desejo de comer a comida irá, cedo ou tarde, tornar-se a meta mais desejada. Essa pessoa irá então tentar obter a comida e desfrutar dela de todas as maneiras possíveis. Similarmente, o impersonalismo eventualmente levará ao personalismo. A questão é: pegaremos a rota longa e lenta do desfrute dos sentidos ou a rota direta e rápida da rendição à vontade do Senhor? A segunda opção concede prazer eterno.



Cinco Tipos de Relacionamento com Deus





            Conforme mencionado, o mundo espiritual é pleno de atividades centradas nos intercâmbios amorosos com o Senhor. Existência significa atuar e interagir. A expressão última de toda essa atuação e interação é o amor. Amor envolve serviço. Amor não significa simplesmente conhecimento sobre alguém, tampouco culmina apenas em salvação. Novamente, amor significa serviço. Todas as atividades no mundo espiritual se baseiam em serviço ao Senhor. Escrituras antigas nos dizem que existem outros intercâmbios que podemos ter com Deus além dEle como nosso pai e nós como Seus filhos. Os Vedas detalham as atividades no reino de Deus e falam de cinco relacionamentos, ou rasas, que podemos ter com o Supremo.



            Podemos utilizar a analogia de um inválido deitado na cama. O relacionamento entre a cama na qual o inválido está deitado e o inválido em si seria considerado a primeira rasa, a rasa de neutralidade. Um empregado traz a refeição da pessoa. Este empregado está servindo na segunda rasa, a rasa de servidão, onde há certo intercâmbio, mas em um nível muito formal. Então o amigo da pessoa entra para fazer uma visita; esta é a terceira rasa, no humor de amizade, e envolve mais calor e intercâmbio pessoal. Então, a mãe da pessoa entra para conferir a situação, representando a rasa de maternidade ou paternidade, que carrega consigo um conjunto de emoções completamente diferentes e mais íntimas. Finalmente, o cônjuge da pessoa volta para casa e serve a pessoa na rasa conjugal, ou no humor íntimo de um amante. Conforme nos movemos do humor de neutralidade ao humor conjugal, a intimidade expressada entre o doador e o recipiente aumenta, assim como a natureza confidencial do intercâmbio.



            Outra analogia é a do juiz. A maioria das pessoas vê um juiz com respeito, reverência e temor. O colega de um juiz, que também é um juiz, vê o juiz como um amigo. Os dois compartilham mutuamente certo amor e respeito em um intercâmbio de amizade. Quando o juiz vai para casa, ele troca seu papel de juiz pelo de esposo e pai. Ele ajuda sua esposa a lavar os pratos e brinca de “upa cavalinho” no chão com seus netos, em um humor muito amoroso. A intimidade do amor impulsiona o relacionamento para além das barreiras da formalidade. Ele vai além do egoísmo e produz um intenso dar e receber de natureza mais pessoal.



            O reino espiritual é um plano de intimidade, de compartilhamento profundo, e de ausência de egoísmo. Assim como vivenciamos relacionamentos aqui; uma vez de volta ao plano espiritual, nossos relacionamentos serão similares, mas serão focados em Deus. No mundo material, somos todos constantemente movidos pela luxúria, a qual está literalmente forçando nossas ações e cobrindo grande parte de nossas atividades com cobiça. No reino espiritual, por estarmos em contato com a Personalidade Suprema, todas as nossas ações continuam sendo dirigidas, mas elas estão sendo inspiradas pelo amor. Há um gigantesco amor incondicional, tão poderoso que somos mergulhados nele, realizando-nos plenamente como almas espirituais puras.



            O relacionamento de amor intenso entre uma mãe, um pai e uma criança que vemos na Terra é possível somente porque existe no mundo espiritual, no plano da perfeição. O relacionamento material é um reflexo do espiritual. No mundo espiritual, nós agimos como pai, mãe ou amigo de Deus. Nós também podemos ter um relacionamento conjugal com o Senhor, no humor de marido e mulher. Todos esses relacionamentos são possíveis. Cada um de nós tem um relacionamento próprio específico. Uma vez de volta ao lar, este nosso relacionamento será plenamente manifesto. Este tipo de interação pessoal produz uma incrível e quase inconcebível sensação de êxtase, que aumenta conforme prestamos serviço ao Senhor Supremo e Seus associados. Quanto mais servimos Deus, mais Ele nos serve, nos encorajando a servir mais. Dessa forma, a reciprocidade sublime continua. Esta informação é muitíssimo confidencial. Para aqueles que não são comprometidos com um estilo de vida espiritual, descrições deste estado mais elevado são reveladas o mínimo possível. Conforme o desejo de uma pessoa por conhecer a verdade absoluta aumenta, mais conhecimento é revelado.



            Serviço é o êxtase mais elevado. O serviço pode se estender a um ponto no qual a pessoa considera que as sensações de êxtase estão interferindo em seu serviço. Este sintoma ocorre no mais elevado dos relacionamentos amorosos. A experiência de bem-aventurança no mundo espiritual é tão intensa que falar é como cantar, e andar é como dançar. Cada objeto no reino espiritual é vivo e possui personalidade. Há árvores que satisfazem qualquer desejo que você possa ter. Seus desejos, é claro, estão centrados no prazer de Deus; seus desejos não são apenas seus, mas também são dEle. E isto lhe dá ainda mais prazer. No reino espiritual, não existe morte, não existe doença, não existe velhice; essas ocorrências são todas parte deste mundo temporário de dor e limitações.



            Podemos subir aos reinos celestiais muitas e muitas vezes, e desfrutar deles por milhares de anos, e ainda assim cairemos inevitavelmente. Podemos progredir até o ponto da liberação centenas e milhares de vezes, mas, até desenvolvermos liberdade da inveja e obtermos ajuda dos embaixadores do reino espiritual, não existe possibilidade de progresso tangível. O reino espiritual não pode ser alcançado por mérito próprio. No entanto, uma pessoa pode ter suficiente mérito e um desejo forte o suficiente para atrair um dos ajudantes necessários para guiá-la até o verdadeiro reino de Deus.



            Contato com um agente do Senhor do plano transcendental é uma experiência deveras incomum, visto que a maioria das almas simplesmente se enreda mais ainda nas ações e reações da vida material. Para ter uma oportunidade de quebrar o ciclo, é necessário um enorme volume de créditos piedosos adquiridos anteriormente em vidas passadas. O que de fato ocorre quando alguém consegue encontrar-se com um agente transcendental, ou mestre espiritual? Neste momento de grande fortuna, a pessoa recebe a oportunidade de compreender como escapar desta existência material e vivenciar as atividades do mundo espiritual. Nós devemos avidamente ouvir e seguir as instruções de tais agentes do Senhor dotados de poder.



A Satisfação no Intercâmbio Pessoal



            Nossos desejos nos trazem o que é necessário para o nosso crescimento. Tudo o que vivenciamos se baseia em nossos desejos, e nossos desejos se baseiam nos tipos de associação que mantemos e no tipo de vibrações que absorvemos. Se nos cercarmos de pessoas e atividades de vibrações superiores, a verdade naturalmente fará seu efeito. Este efeito irá variar de acordo com o grau de inveja que tivermos em nosso coração. Nós podemos ter intercâmbios pessoais com Deus, mesmo neste corpo. Quando isto acontece, o corpo físico não consegue suportar as experiências adequadamente. Existe toda uma ciência do êxtase que uma pessoa experimenta quando o amor por Deus de fato desperta. Por exemplo, há momentos em que se perde a consciência externa. Há momentos em que o corpo começa a sentir tamanha felicidade e amor em contato com o Reservatório do Amor que os membros começam a se retrair, como os de uma tartaruga.



            Uma pessoa que está começando a ter tais experiências, e está começando a ter uma consciência do passado, presente e futuro, e de outras dimensões, não revela tais sintomas, mas os mantém em segredo. As experiências são como “um barato” permanente e muito intenso, mas que é difícil de se compartilhar. Mesmo a experiência de entrar em contato com a energia universal é insignificante em comparação com a associação com o mundo espiritual em si. A experiência da unidade de consciência cósmica é como dor comparada à experiência das atividades transcendentais no plano espiritual. Poder-se-ia dizer que é como procurar por cacos de vidro em uma mina de diamantes.    



            Agora essas experiências podem soar muito incomuns. Isto acontece porque elas são incomuns. Elas estão vindo de outros planos. Apesar de poderem soar muito estranhas, há uma certa verdade que muitos reconhecem. Certa parte de nosso ser conhece intuitivamente essas verdades, e ouvi-las agora evoca certas emoções. Aqueles entre vocês que encontraram o conceito de se fundir com Deus e não se sentiram confortáveis com sua meta última de perda de identidade agora sabem o motivo. Este conceito é artificial. Todos nós temos identidade, moldada à imagem de Deus, e estamos consciente ou inconscientemente lutando para alcançar a perfeição desta identidade.



            Em experiências espirituais muito avançadas de diferentes tradições, encontramos referências à “noiva de Deus” ou a intercâmbios pessoais com o Senhor. Em tempos antigos, houve aqueles envolvidos na cristandade mística que falaram sobre ouvir Deus. Eles não estavam imaginando. Porque estavam livres de todos os obstáculos, eles conseguiam ser naturais. É natural conseguir se comunicar com o Pai. Toda esta discussão é simplesmente para ajudar-nos a obter uma maior compreensão de que existem níveis mais profundos que podemos buscar. Certas sementes foram plantadas para ajudá-los a gradualmente revitalizar sua consciência adormecida.





Este artigo é um excerto da obra Guerreiro Espiritual I: Desvelando Verdades Espirituais em Fenômenos Psíquicos
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Existem questões da mecânica celeste desconhecidas para a Ciencia atual. Uma delas é a relacionada com a aproximação de Hercólubus, planeta assim chamado pela sabedoria antiga e cuja aproximação ao nosso Sistema Solar não só é um fato próximo e que todo mundo verá, mas que também vai trazer como consequência grandes convulsões em todas as partes do nosso planeta.



Como no vai-vém da nossa vida tudo retorna ao seu principio ou ao seu fim, já ocorreu que na sua anterior aproximação, Hercólubus trouxe o fim à civilização Atlante. Estes fatos, bem conhecidos por todos aqueles que no curso da história tiveram sua Conciencia Desperta, ficaram devidamente narrados através de todos os “Diluvios Universáis” de diferentes religiões e culturas.



Ao largo dos tempos, diversos escritores falaram de tal fenómeno cósmico. Um deles, V.M. Rabolú, foi uma dessas pessoas que disfrutaram de uma Conciência Desperta que lhe permitiu investigar sobre a aproximação de tal astro. Da sua obra titulada “Hercólubus ou Planeta Vermelho”, transcrevemos os siguintes parágrafos:



“Quando Hercólubus se aproximar mais da Terra, que se ponha ao lado do Sol, começarão as epidemias mortíferas a expandirem-se por todo o planeta, e os médicos ou ciência oficial não conhecerão que classe de doenças são e com o que se curam; ficarão rendidos, com as mãos ao alto, face às epidemias.

Chegará o momento da tragédia, da obscuridade: tremores, terremotos, maremotos; os seres humanos desequilibrar-se-ão mentalmente por não poderem comer nem dormir; e, vendo o perigo, ao precipício lançar-se-ão em massa, totalmente loucos.

O que afirmo neste livro é uma profecia a muito curto prazo, porque me consta o final do planeta, conheço-o. Não estou assustando mas prevenindo, porque tenho angústia por esta pobre Humanidade, já que os fatos não se fazem esperar e não há tempo a perder em coisas ilusórias.”



O V.M. Rabolú ensina no seu livro o método para a eliminação dos defectos psicológicos e das técnicas do desdobramento astral como únicas fórmulas existentes para escapar do cataclismo que virá. Ele conclui dizendo:



“Amável leitor: estou falando muito claro para que entenda a necessidade que há de lançar-se a trabalhar seriamente, porque se estiver trabalhando tira-se-á do perigo. Isto não é para que formem teorias nem discussões, mas sim para que experimentem o verdadeiro ensinamento que lhes estou dando neste livro, pois não há mais ao que apelar..”